capítulo 5

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O som do despertador me arranca de um sonho qualquer pela terceira vez

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O som do despertador me arranca de um sonho qualquer pela terceira vez. Eu queria ignorá-lo, mas é o primeiro dia de aula, e o mundo não vai parar só porque eu não quero sair da cama. Me viro, estico o braço e desligo o alarme. Silêncio de novo. Por alguns segundos, imagino que o tempo pode congelar ali, mas sei que não funciona assim.

Levanto devagar, sentindo o peso das férias que acabaram. Eu nunca gostei de voltar para a escola. Não que eu seja péssima nos estudos, até que me saio bem. Mas o ambiente, as pessoas, tudo aquilo me incomoda. Ainda bem que tenho o Tommy.

Arrumei meu cabelo, porque, apesar de tudo, ainda gosto de ir bonita. Mesmo que eu não esteja animada para voltar à escola, não consigo simplesmente ignorar isso. Coloquei uma calça jeans cargo, uma regata preta colada e meu All Star preto de cano alto.

Saí de casa com a mochila pendurada em um ombro, o peso dos livros me lembrando que as férias haviam acabado de vez. Minha mãe estava na cozinha, já se preparando para mais um dia de trabalho.

— Estou indo, mãe — eu disse, meio apressada. Ela apenas acenou com a cabeça, sem tirar os olhos do café que preparava.

— Boa aula, Mia — ela murmurou, e eu senti a habitual distância entre nós. Ela sempre esteve ocupada demais para realmente notar as coisas, mas eu já me acostumei com isso. Fechei a porta atrás de mim, sentindo o ar da manhã bater no meu rosto.

Ao chegar na garagem do condomínio, fui direto pegar minha bicicleta. Enquanto ajustava os pedais, ouvi um som familiar. Levantei a cabeça e vi Daniel LaRusso, com sua bicicleta ao lado, se aproximando. Ele parecia meio desconfortável, como se não soubesse exatamente o que dizer, mas havia algo de genuíno nele que eu não podia ignorar.

— Ei, Mia — ele disse, parando ao meu lado. — Indo pra escola?

Eu dei de ombros, tentando manter a expressão neutra.

— É... Parece que não dá pra evitar, né?

Ele sorriu, um sorriso pequeno, quase tímido.

— Podemos ir juntos, se você quiser.

Pensei por um momento, lembrando de como tinha me sentido ao ver Daniel apanhando na praia e de como, por algum motivo, fiquei até o final para ajudá-lo. Eu estava acostumada a andar sozinha, mas talvez, só dessa vez, eu pudesse fazer algo diferente.

— Tá bom, vamos — respondi, sem muito entusiasmo, mas também sem a dureza que costumava carregar na voz.

Não pude deixar de reparar no par de óculos de sol enormes de Daniel. Não resisti e soltei uma risada.

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