capítulo 11 🎃

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O sol mal tinha começado a aparecer quando saí de casa, a mochila pesada nas costas e o corpo ainda cansado do treino da noite anterior

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O sol mal tinha começado a aparecer quando saí de casa, a mochila pesada nas costas e o corpo ainda cansado do treino da noite anterior. Caminhei até o lugar de sempre onde deixo minha bicicleta. Estava pronta para mais um dia igual, com Daniel vindo me assustar, até que ouvi o barulho inconfundível de uma moto. Quase pulei de susto, dessa vez não era o LaRusso.

Quando olhei, lá estava ele: Tommy, encostado na moto com um sorriso meio sem jeito. Meu coração deu um pequeno salto. Nós ainda não estávamos bem depois do que aconteceu com Daniel.

— Sério? — perguntei, ainda tentando recuperar o fôlego. — Precisa mesmo chegar assim?

Ele riu, estacionando a moto e tirando o capacete. — Achei que você já tinha se acostumado, Mia.

Eu estava prestes a responder quando, de relance, vi Daniel pedalando sua bicicleta. Pensei se ele não estaria triste de eu não ter ido com ele.

— Daniel! — gritei, acenando para ele.

Daniel olhou para trás, surpreso. Ele acenou de volta, um gesto meio hesitante, antes de continuar pedalando, sozinho.

Tommy observou a cena em silêncio por um momento, depois se virou para mim, cruzando os braços. — Você ainda tá brava?

— Não, eu só... — comecei, mas ele interrompeu.

— Querendo ou não, a gente é sua família, sabe disso, né? Estamos sempre aqui pra você.

Suspirei, sentindo um peso no peito que não sabia como descrever. — Eu sei, Tommy. Tudo bem.

Nos abraçamos, um gesto que, embora reconfortante, também trazia à tona memórias de tempos mais simples.

— Eu tenho saudade, sabe... — confessei, minha voz baixa. — De quando as coisas eram diferentes. Quando tudo era mais leve, e o dojo não era tão tenso. Quando a gente saía juntos, eu, você e o Johnny...

Tommy deu um sorriso. — Eu também, Mia.

— Vem, vou te levar pra escola hoje — Tommy sugeriu, tentando mudar o tom da conversa.

— Ah, não precisa, eu já tô aqui com a bicicleta... — hesitei, mas ele já estava estendendo o capacete para mim, insistindo com um olhar que eu conhecia bem.

— Vai ser mais rápido. E, quem sabe, a gente pode até dar uma volta antes — ele sorriu de novo, e eu não resisti.

Peguei o capacete e o coloquei, montando na garupa da moto. Estar com Tommy era diferente, era até nostálgico.

Quando chegamos à escola, Tommy parou em frente ao estacionamento e tirou o capacete.

— Valeu pela carona — disse, tirando o capacete e passando a mão no cabelo, tentando ajeitá-lo.

— Quando quiser, Mia — ele deu um sorriso confiante, como se tudo entre nós estivesse resolvido.

Desci da moto e devolvi o capacete. Tommy deu uma última olhada na direção dos garotos do Cobra Kai, que estavam reunidos perto da entrada, rindo de alguma coisa. Eu não estava no clima para mais provocações ou conversas, então tentei me afastar discretamente.

Breaking the Cobra code - Karate Kid Onde histórias criam vida. Descubra agora