Em um reino onde o tempo parecia suspenso, havia um castelo de pedra que se erguia orgulhoso entre as montanhas e florestas, cercado pela serenidade selvagem da natureza. As torres altas e robustas pareciam tocar o céu, e as paredes ecoavam histórias de um passado remoto. Nesse castelo majestoso, uma mulher de armadura negra caminhava com uma graça que contrastava com sua figura imponente. Seus cabelos eram como o véu da noite, escorrendo em ondas negras pelas costas, enquanto seus olhos brilhavam com a intensidade do oceano pacífico, refletindo uma serenidade profunda e uma tempestade contida.
Ao seu lado, um homem de pele negra e cabelos brancos como a luz da lua caminhava com passos firmes e decididos. Sua altura e porte forte exalavam uma confiança silenciosa, e seus olhos eram poços profundos de sabedoria antiga. Ele segurava a mão da mulher com ternura, como se aquele simples gesto fosse o elo que mantinha o mundo em equilíbrio.
Acompanhando-os, um filhote de lobo branco movia-se com uma curiosidade infantil, suas patas macias quase não faziam som sobre o chão de pedra. Ao lado do homem, um filhote de dragão com escamas douradas deslizava suavemente, suas pequenas asas batiam de vez em quando, como se testasse a brisa invisível do ar.
Então, como num piscar de olhos, a cena mudou.
A mulher agora estava sentada em um trono de ferro, imponente e sombrio. O trono exalava uma aura roxa que ondulava no ar como se fosse palpável, envolvendo-a numa névoa mística e etérea. À sua volta, estandartes negros e vermelhos pendiam das paredes do salão, suas cores vibrando com uma força quase viva. A mulher estava de olhos fechados, mas uma única lágrima desceu por seu rosto. Quando abriu os olhos, eles não eram mais o azul do oceano, mas um campo de batalha, com uma determinação fria e ardente.
Ela se levantou com uma postura que não admitia fraqueza. Sua voz, quando falou, era um trovão em um idioma antigo, cujas palavras pareciam carregar o peso de milênios. A declaração ecoou por todo o salão: haveria guerra. E se seus filhos não fossem devolvidos, ela prometeu, com uma fúria que sacudia o próprio tecido da realidade, que queimaria o mundo inteiro.
E assim, no silêncio que se seguiu, o ar do castelo parecia arder com a promessa de uma mãe em luto, e o céu, antes tão sereno, agora tremia sob a ameaça de uma tempestade que se aproximava, com a força de um amor que não conhecia limites.
Adhara se viu subitamente transportada para uma clareira misteriosa, onde o sol mal conseguia penetrar as copas densas das árvores. A brisa suave carregava o aroma de flores silvestres e folhas úmidas, e o murmúrio das águas de um lago próximo era como uma melodia antiga, tocando suavemente seus ouvidos. À sua frente, a figura de Cassiopéia, uma rainha de majestade serena, lavava uma espada de aço negro nas tranquilas águas do lago, seus movimentos ritmados em perfeita harmonia com uma canção que ecoava pelo bosque.
A ruiva sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Sabia, sem qualquer dúvida, que aquele era um lugar sagrado. Cada pedra, cada folha, parecia pulsar com uma energia ancestral, e Adhara compreendeu que estava presenciando o final de um ritual poderoso. Cassiopéia, sentindo sua presença, ergueu a cabeça e, com um olhar acolhedor e um sorriso suave, convidou-a a se aproximar.
Adhara hesitou, sua mente inundada de perguntas. "Por que estou aqui?" ela finalmente perguntou, sua voz saindo quase como um sussurro, temendo quebrar o encanto daquele momento.
Cassiopéia terminou de secar a espada na saia de seu longo vestido prata e virou-se para encará-la. Seus olhos, de um azul intenso que espelhava o oceano e o céu ao mesmo tempo, refletiram a imagem de Adhara como se fossem um portal para outra realidade. "Está na hora, minha criança", disse a rainha com suavidade. "Você está pronta. Volte para casa."
Adhara sentiu seu coração acelerar. Antes que pudesse expressar sua confusão, Cassiopéia se aproximou e, com uma delicadeza infinita, acariciou seu rosto. "O menino Draco, ele sabe. Vai te guiar, confie nele. Você sabe que pode! Seu mundo está mudando, minha criança, e aqueles que te veem são os únicos dignos da sua confiança."
Os pensamentos de Adhara giravam em sua mente como um redemoinho. "Mas, minha rainha, eu não entendo. Eu... eu não sei o que fazer," ela admitiu, sua voz tremendo.
Cassiopéia sorriu, um sorriso cheio de mistério e compaixão. "Pobre criança," disse ela, "não consegue ver a grandeza de seu próprio poder? Você está destinada a governar o mundo, Adhara. Destrua todos aqueles que entrarem em seu caminho; todos que ousarem te questionar merecem a morte. Você é especial, minha menina. Você nasceu para fazer história. Confie nas minhas palavras e siga o seu coração. É hora de voltar, estrelinha. É hora de mudar. Uma rainha não aceita desaforos, lembre-se disso."
Cassiopéia voltou a cantar, sua voz como o vento passando por florestas antigas, e a música envolveu Adhara como um manto invisível. Sentiu suas forças abandonarem seu corpo, e, de repente, foi arrastada por um rio de memórias que não eram suas: um casamento real em um salão de mármore e ouro, lindos gêmeos de cabelos prateados correndo por jardins floridos, dragões sobrevoando montanhas, lobos uivando sob luas cheias, uma guerra devastadora, feitiços lançados com fúria e desespero.
Então, como se tivesse emergido de um sonho profundo e turbulento, Adhara despertou em seu dormitório de Hogwarts. O ambiente familiar e acolhedor de repente parecia diferente, carregado de um propósito novo e inesperado. Seu coração batia acelerado, e um estranho sentimento de poder e responsabilidade crescia dentro dela. Ela sabia, com uma clareza inabalável, que sua vida estava prestes a mudar para sempre.
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O wattpad ta com algum problema que eu não estou conseguindo colocar as fotos desse capitulo
para vocês, em breve vou tentar atualizar novamente pra ver se vai, ai abiso nas mensagens gerais.
Obrigado por ler.
Próximo capítulo em breve, até lá... Malfeito, feito!!🤍💚🩶
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Forjada em Magia e Sangue | HP Fanfic
Fantasy"O seu destino é matar voldemort, o meu é governar o mundo." " Sim, eu posso ser uma pirralha frustrada, imatura e o que mais você quiser, mas eu sou a porra da pirralha mais poderosa que o mundo bruxo já viu, então eu sugiro que você pense duas ve...