Capítulo 16 - A viagem

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Os últimos acontecimentos tinham virado uma chave, Addy cumpriu o que prometeu a Harry e nem sequer olhava na cara do irmão ou dos patetas que o seguiam para todos os lados. Um pouco antes das férias de Natal ele tentou se aproximar dela para pedir desculpas, mas o olhar da ruiva foi o suficiente para fazê-lo voltar para trás com seu corpo o traindo ao sinal de medo.

O restante do castelo parecia alheio as mudanças, mas para Addy era como se a vida a tivesse dado uma segunda chance de viver, de ser quem ela acha que deveria ser sem o peso que ela constantemente levava, a sombra de uma celebridade, a inferioridade que sentia apesar de no fundo ter certeza de que poderia ser maior do que qualquer um de sua casa. Adhara Bellatrix Black, foi assim que a rainha se referiu a ela, ela ainda não tinha contado isso ao Draco ou a Pansy.

Enquanto a jovem viajava pelos seus pensamentos, um certo rapaz de cabelos prateados a abraça de surpresa.

- Um galeão pelos seus pensamentos.
- Eles não valem tanto. - disse Addy retribuindo o abraço dele com um sorriso.
- Ei – disse ele sério a fazendo encará-lo – tudo o que vem dessa mente aqui – ele acariciou seus cabelos – vale ouro!!
Ela sorriu e desvencilhou – se do rapaz.
      -- Vamos indo don juan, antes que o trem parta e nos deixe aqui!

Os jovens embarcaram no cocho que era conduzido por uma espécie de cavalo alado bizarramente fofo até a estação de trem de Hogsmeade, lá, embarcaram no expresso de Hogwarts, de volta para Londres.

- Bellatrix Black. - disse Addy para Malfoy em uma certa altura da viagem fazendo o loiro a olhar confuso.

- O que isso tem a ver com você querer ou não varinha de alcaçuz? - o menino estava comprando doces com a bruxa do trem.

- Quero sapos de chocolate! - ela disse fazendo ele rir, ele terminou de pegar os doces e se sentou de frente para ela entregando alguns sapos. 

- Agora me diz, Bellatrix Black?

- Isso, esse nome é familiar para você?

- Sim... é a minha tia, por parte de mãe! Por quê? - ambos estavam se deliciando com os doces enquanto conversavam.

- A rainha, me chamou de Adhara Bellatrix Black... - Draco ao ouvir isso quase se engasgou com um feijãozinho.

- O que isso quer dizer?

- e eu sei? Ela é muito enigmática e na hora eu só queria acabar com o Harry, nem perguntei.

A dupla se divertiu até Londres, fizeram brincadeiras, conversaram, fofocaram e dormiram. Chegando na cidade, Addy emudeceu, a ansiedade e nervosismo começando a tomar conta de seu corpo querendo apagar a personalidade e outros traços que ela tinha suado sangue para conseguir. No entanto, ela sentiu seu corpo relaxar aos poucos e a cabeça desanuviar de forma repentina, foi quando a jovem sentiu seu coração voltar a bater em seu ritmo normal que ela reparou a mão de Draco entrelaçada a sua conforme ele a conduzia pelo caos de risadas e abraços que inundava a plataforma 9 ¾ .

Logo apareceram em sua vista um casal esguio e elegante que atraiam olhares daqueles que passavam por eles. A mulher tinha cabelos bicolores, o topo era preto, no entanto as mechas de baixo era de um loiro quase branco muito bonito, seu rosto era delicado e com traços finos e marcantes, seus olhos eram castanhos e combinavam perfeitamente com sua aparência. A mulher estava vestindo um belíssimo vestido verde musgo que de certa forma realçava a beleza gélida e pálida que ela possuía, sobretudo preto, um belo par de saltos igualmente pretos e algumas joias prata. O conjunto da obra era imponente e lindo de uma forma intimidadora.

O homem ao lado dela não era muito diferente, possuía em torno de 1.85 de altura, cabelos idênticos ao do rapaz que conduzia a jovem até eles sua, porém os do homem eram um pouco abaixo dos ombros, sua face era como porcelana, seus olhos era irmãos dos de Draco, seus traços eram muito bem definidos e havia uma certa beleza em sua aparência. Suas vestes eram completamente pretas e definitivamente caras, ele usava algumas joias prateadas e um belo broche com o brasão de sua família também em prata, nos pés um par de sapatos sociais muito caros e difíceis de achar e em sua mão uma bengala com o punho de prata trabalhado em uma figura de serpente.

Apesar da frieza do casal e sua aparencia antipática, assim que pousaram os olhos em Draco e Adhara a face deles se iluminou e ambos abriram um enorme sorriso, a mulher, que a essa altura Addy suspeitava ser Narcisa Malfoy, mãe de Draco, caminhou em direção do filho e o abraçou o enchendo de beijos, em seguida foi a vez do homem que aparentava ser seu pai. Ambos sufocaram Draco com demonstrações de afeto, Addy involuntariamente sentiu uma pontada de inveja em seu coração. Quando o casal deixou um Draco extremamente corado e sorridente escapar de seus beijos e abraços, Narcisa Malfoy se voltou a ela com um sorriso.

- E você certamente deve ser a Adhara! Draco nos contou tudo sobre você, estávamos ansiosos para te conhecer, é muito mais bonita do que ele nos disse – a mulher a abraçou como se a conhecesse a vida toda, e Addy retribuiu, e ainda que atordoada pela recepção tão calorosa não deixou de sorrir ao ver Draco resmungar um “Mãe!! Você não deveria ter falado isso” e seu pai provocá-lo.

- Muito prazer, querida! eu sou Narcisa! - disse ela após deixar a jovem – e esse é meu esposo e pai do Draco, Lucius. - O homem foi quem se aproximou com um sorriso como o da esposa e a abraçou.

- Prazer em conhecê-la Adhara, estávamos ansiosos por isso!!

- O prazer é todo meu!! - disse a jovem contagiada pelo sorriso que o casal ostentava.

- Addy, posso chamá-la assim? - perguntou narcisa recebendo um aceno da jovem em confirmação - então Addy, você já viajou com uma chave de portal?

- Não, nunca. - disse meio envergonhada

- Não tem problema algum nisso querida, todos nós já fizemos algo pela primeira vez, não é mesmo?! - falou a mais velha com um sorriso que transpassava segurança e até mesmo conforto - não se preocupe, é bem simples!! Com uma mão você vai segurar a mão do Draco e a com a outra você se segura na chave. - Narcisa demonstrou usando Lucius – como é sua primeira vez dessa forma você se sentira mais segura.

Draco sorriu para ela e voltou a entrelaçar os dedos com os dela, Narcisa e Lucius tiveram a mesma reação de um grupo de adolescente vendo os amigos darem um beijo pela primeira vez, o que fez Draco mudar de cor.

- Por favor não ligue para os meus pais, eles...eles acham que estamos tendo algo...- sussurrou ele, ela apenas sorriu provocando ainda mais risadinhas de Narcisa e Lucius.

Lucius tirou um relógio de bolso de suas vestes, segurou uma parte da fina corrente de prata que prendia o mesmo e deu a outra mão para Narcisa, que com a mão vazia segurou outra parte da corrente e então foi a vez de Draco e Addy. Ambos seguraram uma parte do relógio e então o tic-tac do dispositivo parecia mais alto.

- Só uma observação, pode dar desmaio ou vomito, mais o importante mesmo é em nenhuma hipótese soltar o relógio. - disse Lucius.

- O que? - disse Addy meio confusa, mais antes que qualquer um deles pudesse a responder ela sentiu seu corpo sentiu seu corpo ser puxado a vida acelerou e tinha muitas cores e formas que ela não conseguira distinguir, e então de repente eles estavam de frente a um enorme portão ornamental preto, com um aceno de varinha Lucius faz com que eles se abram e três criaturas pequenas e franzinas embora muito fofas apareçam, elas a lembram de Dobby.

- Bem-vindos de volta, meus senhores!! Arya esperava ansiosa para vê-los – disse a elfo do meio e os outros dois concordaram.

- Muito obrigada, Arya – disse Narcisa cordialmente – poderiam por gentileza levar a bagagem de Draco e Adhara? - com um gesto de varinha a bruxa fez as bagagens da dupla surgirem em frente a eles e os elfos desapareceram junto delas.

- Bem-vinda a mansão Malfoy, sinta-se em casa!! - disse Draco seguindo seus pais para dentro da propriedade.

- Obrigada! - ela seguiu atrás dele apreciando o caminho iluminado pelas últimas luzes da tarde.

O caminho tinha como que paredes de arbustos cobertos de neve, o que formava uma bela passarela, e então se abria revelando um lindo jardim com a imponente casa surgindo atrás. O jardim apesar de coberto pela neve ostentava lindas espécies das mais variadas e coloridas flores, pavões albinos passeavam pelo jardim e alguns outros pássaros, Storm logo abandonou o ombro de sua dona e se juntou a eles com grasnados. A entrada da casa tinha degraus de pedra que levavam a uma enorme porta de mogno com maçanetas trabalhadas de prata pura. O interior do local era ainda mais luxuoso, elegante e surpreendentemente aconchegante.

- Vou te mostrar seu quarto, caso queira desfazer suas malas ou qualquer coisa. - falou Draco

- Ah sim, claro, obrigada! - ela falou e se voltou para Narcisa que depois de pendurar seu sobretudo, soltara os cabelos e descalçara os saltos indo para a sala – sua casa é de muito bom gosto senhora Malfoy, muito linda!!

- Muito obrigada minha querida, e por favor, nada de senhora ou senhor nessa casa, pode me Chamar de Narcisa ou Cissa.

- Certo Senh-Cissa! - ambas sorriram e Addy seguiu Draco para o segundo andar da casa.

- Esse é o seu quarto, o meu é esse aqui da frente – as portas eram idênticas e ficavam uma de frente para a outra – e aquele é o quarto dos meus pais. - a outra porta que o rapaz indicou era mais próxima ao fim do corredor.

- Certo, valeu.

- Disponha, quanto estiver pronta estaremos na sala, tem um banheiro dentro do seu quarto, caso precise de algo me fala, ok?

- Pode deixar – ela disse e sorriram um para o outro e então Draco se virou indo para a escada. Addy no entanto o chamou mais uma vez fazendo o se virar – Draco... obrigada

- Pelo que? - disse o jovem

- Por tudo.

- Sempre que precisar, cabelo de fogo. - Soltou a provocação com um sorriso e sumiu nas escadas.
O quarto de Addy tinha sido feito para ela, o local era perfeito! Era vermelho e branco, com algumas plantas bem verdes enfeitando o espaço, um lindo buquê de lírios Azuis (suas flores favoritas), uma enorme janela com vista para o jardim, pufes espalhados, uma estante cheia dos seus livros favoritos, um guarda-roupa vermelho com desenhos elegantes pintados à mão com tinta branca. Para outras pessoas talvez o ambiente parecesse um pouco cheio ou confuso, mas para Adhara, ela se via nos detalhes de cada cantinho e ao deitar-se na cama seus olhos encheram de água. No teto do quarto estava pintando muitas estrelas e constelações mais a mais brilhante de todas era a de Adhara, aquele lugar havia sido preparado para ela, os mínimos detalhes para a fazer se sentir querida e acolhida, sentimento esse que experimentara pela primeira vez naquela cabine do expresso de hogwarts no início do ano letivo.

Ela tomou um delicioso banho e se trocou colocando um pijama confortavel e pantufas, prendeu os longos e volumosos cabelos ruivos e foi encontrar os anfitriões na sala, antes no entanto, ela juntou os bilhetes de aniversário e a carta misteriosa, ela tinha ido até aquela casa com um propósito e não podia se esquecer disso de maneira alguma.
Ao chegar na sala, o trio estava de pijamas, Cissa estava aninhada em uma poltrona com uma xicara de chá rindo enquanto Draco e Lucius disputavam uma partida de xadrez bruxo no tapete da sala. A jovem ficou ali apenas apreciando a cena do batente, a luz da lareira e o calor transmitia a paz e alegria que a familia irradiava, Cissa foi a primeira a nota-la.

- Até que enfim uma dama para me livrar da companhia desses dois ogros – disse rindo – vem Addy, tem bolo e biscoitos recem assados – a bruxa apontou para ela uma poltrona perto da sua - você prefere chá ou chocolate quente?

- Chocolate quente, por favor.

- Arya, poderia vir aqui por favor? - Cissa mal terminou de dizer e a elfa apareceu.

- O que posso fazer pela senhora?

- Por gentileza traga uma xicara de chocolate quente para a Addy, e depois por favor vá descansar junto de Sansa e Tyron.

A elfa obedeceu de pronto, e cinco minutos mais tarde Adhara ria junto de Cissa com uma xicara fumegante do mais delicioso chocolate quente que ela já havia provado em toda sua vida. Elas ficaram conversando amenidades, Cissa a elogiou algumas vezes e descobriram que tinham muito em comum, até que os rapazes pararam de jogar e começaram a comer e a participar da conversa delas.

- Addy, a verdade é que nós temos muito a te  contar. - disse Cissa um tempo depois – e muito a te esclarecer. - falou para Draco.

- Então você é a tia Nancy? - perguntou ele sem rodeios, arrancando um sorriso dos pais.

- Sim – a revelação deixou os jovens sem reação, apesar da suspeita, uma coisa é uma teoria outra é um fato. - eu vou explicar tudo, e espero que você entenda, escute e que também haja perdão para nós em seu coração, Adhara.

Muitos sentimentos passaram pelo coração da garota ao ouvir essas palavras, muitos pensamentos, mas a voz de Cassiopeia voltou clara em sua mente “Você está pronta, volte para casa.” e assim Addy se arrumou na poltrona e com o pingente de seu colar brincando entre seus dedos ansiosos, e o chocolate quente ela olhou para Draco, que por sua vez sorriu a encorajando e se sentou aos pés de sua poltrona pousando a mão sob seu joelho como quem diz “você não está sozinha” ela respirou fundo e se voltou para Cissa, que parecia tão ansiosa quanto ela.

- Pode contar, eu estou pronta para saber.




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