Shinki: Meus Dias em Capítulos

T3 - Capítulo 2 (Parte 2): Reencontro

Aviso: Esse capítulo é recomendado para maiores de 12 anos.

Eu não seguro um pequeno sorriso quando escuto os elogios da Yondaime Tsuchikage de Iwagakure, Kurotsuchi. Eu realmente não esperava que a Quarta Tsuchikage da vila da Pedra estaria aqui em Getsu para o festival da Lua.

- É uma honra ter a sua presença aqui – falo fazendo uma pequena reverência, escondendo minha timidez.

- Você mudou muito nesses 3 anos, Shinki! Quando foi a última vez que nos vimos mesmo?

Tento puxar pela memória, quando consigo lembrar que foi no aniversário do meu pai.

- No aniversário do Kazekage, Gaara.

- Ah, sim! Lembrei – ela olha por cima do meu ombro – falando no diabo...

Sinto meu coração errar uma batida, de forma que o som quase ecoa dentro do meu peito.

- Boa noite.

Me recomponho e me viro no mesmo instante.

Era... Gaara. Meu pai.

A Tsuchikage se apressa em cumprimentá-lo com uma pequena batida nas costas dele, começando a se afastar logo em seguida.

- Desculpe deixar vocês agora, mas um dos Líderes estão me chamando. Vejo vocês por aí – antes de ir, ela se vira para mim a propósito, você está um arraso garoto.

Dou um sorriso educado a ela, vendo ela indo em direção a Hoi.

Havia muita gente no festival, mas naquele momento... Era apenas eu e ele.

Ele não desvia o olhar de mim, o que me surpreende eu não vacilar sob o olhar dele como sempre. Noto que agora tínhamos quase a mesma altura, ele sendo mais alto um pouco.

Lembro das cordialidades e faço uma reverência antes de dizer:

- É uma honra ter a sua presença aqui, Kazekage-sama.

- ... Sama?

A voz profunda, calma e séria dele não mudou nesses 3 anos.

- Desculpe, prefere que eu lhe chame apenas de Kazekage?

Ele olha para mim, diretamente nos olhos, seu rosto sem nenhuma expressão.

Não, Shinki. Você é muito mais maduro do que antes agora...

Ouvindo meus pensamentos, sorrio de forma meiga.

- Talvez pai seja melhor, não é?

Sem esperar uma resposta dele, avanço um passo, eliminando a distância entre a gente.

Abraço ele de forma contida, como se fosse um cumprimento formal, mas isso só faz meu coração doer. Suspiro quando sinto os braços dele em volta do meu corpo, me abraçando muito mais apertado do que eu estava abraçando ele, e de certa forma, aquilo me reconfortava.

Honestamente não sei quanto tempo ficamos assim, mas quando nos afastamos, ele fala:

- Quando pretende voltar para casa?

"Casa"? A palavra ecoa na minha mente, soando como algo estranho. Eu estava em casa.

Mesmo que a confusão no meu rosto apareceu por apenas alguns pequenos segundos, ele notou. Como sempre.

- Hum... Vejo que você está intrigado em ouvir Sunagakure ser denominada como "casa".

Ele coloca as mãos atrás das costas, segurando elas uma na outra.