Capítulo 2 - Parte 1: Um dia antes do festival de Konoha

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- Tá, mas eu não sei onde está! Já falei que eu te devolvi!

E mais uma vez, aqui está meu tio Kankuro, me acusando de ter pegado as coisas que ele mesmo perde.

Minha casa está um caos! Amanhã vamos viajar para Konoha, pois vamos passar o ano novo lá. Sim... Mais uma vez com a família Uzumaki. De certa forma, nem tanto, porque vamos para um festival anual que eles fazem sempre no ano novo. No natal, o 7º Hokage Naruto, convidou meu pai, meu tio Kankuro e eu, para passarmos o ano novo lá. De qualquer forma iriamos, pois minha tia já tinha nos convidado.

- Shinki, se você tivesse devolvido, eu saberia! – Contra-argumenta ele.

Respiro fundo, sentindo minha paciência descendo pro 0.

- Pela última vez, eu não tenho suas ferramentas – digo pausadamente, para que ele entenda muito bem cada sílaba. E sim, ele está me acusando de pegar as suas ferramentas novamente, como sempre!

Ele suspira e diz:

- Você tem o prazo de até amanhã, antes da viagem, para me entregar.

Ele se vira, ignorando tudo o que eu disse, e vai em direção a porta. Sinto minha paciência chegando em graus negativos e só tenho tempo de ver a minha areia de ferro batendo no meu tio, com muita força, e o sangue espalhando para tudo que é canto.

Shinki... Shinki... Você está me ouvindo?

Levanto suado e ofegante, percebendo que aquilo foi só um sonho.

- Shinki, eu não tinha dito para você começar a se arrumar às 6 e... – meu pai para, quando percebe o quão ofegante estou – Shinki, você está bem?

Consigo sentir a preocupação dele pela sua voz. Aceno afirmamente com a cabeça. Eu não gosto de demonstrar fraqueza para ninguém, ainda mais se essa pessoa for o meu pai.

- Sim. Tive um sonho ruim, só isso – digo já levantando para começar a me arrumar – desculpe se atrasei.

Ele suspira pois me conhece o suficiente para saber que não estou bem.

- Quer me contar como fo...

- Não – digo sem ficar de rodeios.

Ele para, me encarando por um bom tempo, tentando medir a gravidade da situação.

- Eu estou bem pai, já disse que foi só um sonho. Agora se não for um incomodo, pode dar licença para eu começar a me arrumar?

- Perdemos o trem Shinki.

O QUÊ?! Eu dormi tanto assim?! – pensei.

Pelo que eu lembro, meu pai disse para eu me arrumar às 6:00 pois às 7 horas pegaríamos o trem.

Peguei o relógio para ver que horas eram. Ok... Definitivamente perdemos trem. 11 horas e 24 minutos.

- Pai.

Ele olha para mim.

- Porquê você não me acordou antes?

- Você esqueceu que tranca todo o comodo que você estiver, até quando vai dormir Shinki?

Só então reparo que a porta do meu quarto está sem fechadura.

- Como se fosse um problema para você entrar pela janela!

- Como se não estivesse trancando também.

Ok... Perdi.

- Está frio pai.

- Uma coisa é deixar fechado – ele levanta – e outra coisa é trancar. Vê se deixa de fazer isso. E se tivesse acontecido alguma coisa com você?! Não poderíamos te socorrer rapidamente, o que seria o mais certo a se fazer!

Shinki: Meus Dias em CapítulosOnde histórias criam vida. Descubra agora