T3 - Capítulo 1: Viver em Getsugakure

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- VOLTEI!! Sentiram saudades?

Sem resposta.

- Levanta!

- Não, não! Quê' isso? – Li diz, escondendo as cartas contra o peito.

- Argh! Deixa ele quieto Ai Li! – Hoi fala, jogando uma carta na mesa – quem é o próximo?

- Eu.

O Ancião joga a carta na mesa com tanta força, que o cabelo do Ah venta.

- Ganhei. De novo.

Os restantes jogam todas as cartas na mesa, soltando suspiros de derrota.

Só então, o Ancião me nota.

- Ei, Shinki. Não vi você entrar.

- Percebi – falo baixo.

- Trouxe tudo? ele se levanta, aproximando de mim.

- Sim, está tudo ali.

- Ótimo.

Vendo que ele não fala mais nada e ninguém ali está dando a mínima para a minha presença, me viro, saindo da casa novamente.

As minhas asas negras de ferro se formam, quando eu corro e pulo de um penhasco. Eu amava isso. O vento bate contra meu rosto enquanto caio em queda livre, de cabeça para baixo.

Quando me aproximo do chão, levanto voo.

Isso que é vida... ­– penso.

Voou por cima de Getsugakure, que estava tão linda como sempre.

Desço bem no centro da vila, minhas asas se desfazendo no processo.

- Shinki, meu querido...

Uma voz rouca me alcança quando me viro, encontrando a senhora Lin.

- Bom dia, vovó Lin – faço uma reverência, a cumprimentando.

- Bom dia, querido. Como você está?

Ela se aproxima de mim enquanto me observa dos pés a cabeça.

- Estou be–

- Nossa, você parece bem magrinho...

Ela vira as suas costas curvadas para mim, indo até a sua barraca de bolinhos, pegando alguns para mim.

- Não precisa vovó, eu estou bem. Já comi hoje e–

Ela me entrega 5 bolinhos.

- Come tudo, hm? Na próxima vez que eu te ver, quero te ver mais cheinho.

"Cheinho"?

Agradeço, seguindo em frente pela vila.

...

Já estava no terceiro bolinho, quando chego ao estúdio da Shinki. A música estava alta.

- E AÍ PARCEIRA? – falo alto, tentando fazê-la notar minha presença.

Ela se vira na cadeira, abrindo um sorriso logo em seguida.

- E aííí Shinki! Veio fazer mais uma?

- Adivinha?

Sorrio de lado, sentando na poltrona a frente dela. Entrego os dois bolinhos que sobraram para ela.

- Obrigada – ela fala enquanto desinfeta a máquina.

Deito na poltrona, encostando as minhas costas na almofada.

- Ei, amanhã você vai ao festival da Lua, não? – ela se vira para mim.

Shinki: Meus Dias em CapítulosOnde histórias criam vida. Descubra agora