eleven

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Oii, povo! Tudo bom? Espero que sim!! Eu tô mais do que bem! O capítulo de hoje tá lindo e eu aposto que vocês irão adorar😋
⚠️‼️Lá vão os avisos: Menção a homicídio, adultério, linguagem imprópria e explícita, nudez, adultério e erotismo.
🔞Recomendo que leia apenas em ambiente privado, caso tenha mais de 18 anos! Boa leitura!

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Retornar ao meu antigo apartamento foi como abrir um livro de memórias empoeiradas, cheio de capítulos que eu mal reconhecia

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Retornar ao meu antigo apartamento foi como abrir um livro de memórias empoeiradas, cheio de capítulos que eu mal reconhecia. A porta rangeu em protesto quando a abri, e o cheiro de mofo e poeira me envolveu como uma nuvem pesada, carregada de lembranças. Já se passaram seis anos desde a última vez que estive aqui. Seis longos anos desde que minha vida virou de cabeça para baixo.

Soltei as malas e bolsas na entrada, todas recheadas de roupas novas, acessórios, jogos de cama e outros itens básicos que acabei de comprar. Meu olhar percorreu os cento e vinte metros quadrados do apartamento enquanto eu me movia lentamente para o centro daquele espaço, absorvendo cada detalhe como se fosse a primeira vez.

O apartamento era uma cápsula do tempo, um reflexo borrado do que eu fui um dia. Os móveis, todos cobertos por lençóis brancos, pareciam fantasmas de uma vida que eu tentei enterrar. Cada peça de mobília me encarava como um lembrete mudo do passado, do perfeccionista que um dia habitou este lugar. Naquela época, cada objeto tinha seu lugar exato, cada livro estava organizado alfabeticamente, e cada quadro pendurado com precisão quase obsessiva.

Agora, tudo parecia uma caricatura daquela perfeição que eu tanto cultivei. Com um toque hesitante, puxei um dos lençóis, liberando uma nuvem de poeira que dançou no ar antes de desaparecer. O pó formava um véu cinza sobre a mesa de centro, um lembrete palpável dos anos que passei escondido, tentando fugir dos meus próprios demônios. Tossindo e espirrando, dei alguns passos para trás, afastando-me daquela nuvem que ameaçava piorar minha rinite alérgica.

Olhando ao redor, uma onda de nostalgia me atingiu, misturada com uma tristeza profunda. Este apartamento era muito mais modesto do que a cobertura de luxo em Gangnam, mas tinha sido o meu esconderijo, o lugar onde eu podia ser apenas eu, sem as pressões e expectativas que moldaram minha vida.

Estar de volta ali me provocava uma sensação estranha de liberdade, misturada com um medo paralisante. Liberdade porque eu podia finalmente tentar reconstruir o que sobrou; medo porque agora eu tinha que encarar o vazio que eu mesmo criei.

Decidi começar pela sala. Com movimentos precisos e quase ritualísticos, comecei a retirar os lençóis que cobriam os móveis, revelando o sofá de couro marrom, a estante de livros e a televisão, todos envoltos em uma camada de esquecimento. A cada movimento, a poeira se levantava, cintilando na luz suave do entardecer que filtrava pelas janelas sujas. A familiaridade dos objetos trouxe um alívio momentâneo, mas também um toque amargo de algo que foi perdido.

O apartamento, que antes era meu refúgio, agora se tornara uma lembrança viva do tempo e das mudanças que ele impõe, um palco onde eu teria que enfrentar meus próprios fantasmas.

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