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Cecília Rosa Dantes Sousa era uma colegial de 17 anos com uma mente brilhante e uma habilidade especial para resolver casos que deixavam até mesmo os detetives mais experientes impressionados. Enquanto equilibrava os estudos no último ano do Ensino Médio, ela também dedicava seu tempo livre a ajudar o Delegado Arantes em casos que surgiam na cidade de Recife. Em uma tarde quente de verão, Cecília estava em casa, estudando para uma prova de matemática, quando recebeu uma ligação do Delegado Arantes.

O toque estridente do celular cortou o silêncio do escritório de Cecília, tirando-a de volta à realidade. Ela olhou para o identificador de chamadas – era o Delegado Arantes. Uma onda de excitação percorreu suas veias enquanto ela atendia a ligação.

"Cecília", a voz do Detetive Arantes crepitou pelo receptor, seu tom sério, "Preciso da sua ajuda. Temos um novo caso."

O coração de Cecília batia forte com antecipação. Ela sempre gostou da emoção da perseguição, da satisfação de desvendar os fios emaranhados de um mistério. Sem hesitar, ela pegou sua bolsa e saiu pela porta do mirante, sua mente já correndo com possibilidades.

Ao chegar à delegacia de polícia, Cecília foi recebida pela visão familiar do Delegado Arantes, seu rosto marcado pela preocupação. Ele a conduziu até seu escritório, onde uma pilha de documentos estava espalhada por sua mesa.

— Uma joalheria local foi assaltada ontem à noite.

Explicou o Delegado Arantes, sua voz sombria.

— Os ladrões fugiram com uma quantidade significativa de mercadorias valiosas, e estamos em um beco sem saída.

Cecília se inclinou mais perto, seus olhos examinando os documentos. Ela rapidamente assimilou os detalhes do caso – a hora do assalto, a descrição dos suspeitos, as imagens de segurança. Mas algo não estava certo para ela.

— Parece muito fácil.

Ela murmurou, a testa franzida em pensamento.

— Um assalto em plena luz do dia, sem testemunhas e sem pistas claras? É como se eles quisessem que acreditássemos que foi um simples caso de oportunismo.

O Delegado Arantes concordou com a cabeça.

— Tenho a mesma sensação. Há mais do que aparenta. E é aí que você entra, Cecília. Preciso que você examine as evidências, converse com as testemunhas e veja se consegue encontrar algo que perdemos.

Cecília sorriu, seus olhos brilhando com determinação.

— Desafio aceito.

Enquanto Cecília se aprofundava na investigação, não conseguia se livrar da sensação de estar sendo observada. Sussurros estranhos a seguiam aonde quer que fosse, histórias de uma figura misteriosa conhecida como a "Imperatriz das Sombras" que detinha um poder invisível sobre a cidade.
Os rumores pintavam um quadro de uma mente mestre implacável, puxando as cordas das sombras, manipulando eventos para seus próprios fins. Cecília os descartou como meras lendas urbanas, divagações de imaginações hiperativas.
Mas à medida que investigava, os rumores persistiram, crescendo mais elaborados e inquietantes. Cecília não pôde deixar de se perguntar se havia um grão de verdade no folclore.

Apesar de seu ceticismo, a presença enigmática da Imperatriz das Sombras persistia na mente de Cecília. Ela se viu atraída pelo mistério, sua curiosidade aguçada pelos contos dessa figura sombria.
Ela sabia que deveria se concentrar na tarefa em mãos, em resolver o assalto à joalheria e levar os perpetradores à justiça. Mas uma parte dela ansiava pelo desafio de enfrentar um adversário tão formidável, de desvendar os segredos do mundo da Imperatriz das Sombras.
Sua mente inquieta ponderava sobre as possibilidades. Quem era essa figura misteriosa? Quais eram seus motivos? E como sua vida se cruzaria com a da Imperatriz das Sombras?

Sem o conhecimento de Cecília, cada movimento seu era observado de longe. Agentes do Império já estavam cientes de uma jovem detetive investigando pela cidade e entrando em contato com os rumores sobre a Imperatriz das Sombras. A Imperatriz das Sombras estava ciente de Cecília, intrigada com a jovem detetive e sua mente perspicaz.

Ela observava Cecília com interesse, estudando seus métodos, sua inteligência e sua determinação. A Imperatriz das Sombras reconheceu em Cecília um potencial incrível, porém que poderia ser uma ameaça às suas atividades no Submundo.

Ela sabia que Cecília era uma força a ser considerada, uma jovem com a capacidade de ver através de ilusões e desvendar segredos.

O jogo entre Cecília e a Imperatriz das Sombras estava prestes a começar, uma dança perigosa de gato e rato que os levaria a um confronto inevitável.

Entre Rosas e Sombras: Conflito com o Submundo Onde histórias criam vida. Descubra agora