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Na manhã de terça-feira, após a escola, Cecília estava de volta ao mirante. Após o almoço, ela se dirigiu à sala de estar para descansar um pouco, mas seu descanso foi interrompido por uma ligação do delegado Arantes.

— Alô, delegado Arantes, em que posso ajudá-lo?

Perguntou Cecília, curiosa.

— Cecília, precisamos da sua ajuda. Houve um assassinato de um negociador de arte, e acreditamos que pode estar relacionado ao roubo na galeria.

Explicou o delegado, sua voz carregada de urgência.

Antes que Cecília pudesse responder, ela viu Guilhermo se aproximando rapidamente. Ele pegou o celular da mão dela, sua expressão séria e autoritária.

— Boa tarde, delegado. Sinto informar, mas dessa vez Cecília não poderá contribuir com a investigação. Nossa pequena senhorita quebrou algumas regras ontem e está de castigo até a semana que vem. Espero sua compreensão.

Disse Guilhermo, sua voz firme.

Do outro lado da linha, o delegado Arantes ficou surpreso com a informação. Cecília sempre se comportava de maneira exemplar, e ele não esperava que ela estivesse de castigo.

— Entendo, Guilhermo. Espero que Cecília aprenda com seus erros. Vamos resolver isso sem ela por enquanto. Obrigado por informar.

Respondeu o delegado, encerrando a ligação.

Guilhermo devolveu o celular a Cecília, que o olhava séria.

— Guilhermo, isso é importante! Eu preciso ajudar!

Protestou Cecília, sua voz cheia de determinação.

Guilhermo balançou a cabeça, sua expressão inalterada.
— Cecília, você está de castigo por um motivo. Você quebrou regras importantes e colocou sua vida em risco. Precisa cumprir o castigo e aprender a respeitar as regras.

Cecília tentou argumentar, mas Guilhermo continuou, sua voz calma, mas firme.
— Eu sei que você é uma detetive talentosa, mas sua segurança e responsabilidade vem em primeiro lugar. Se não aprender a seguir as regras agora, como espera ser uma detetive confiável no futuro?

Cecília suspirou, sentindo o peso das palavras de Guilhermo. Ela sabia que ele estava certo, mas a frustração de não poder ajudar era quase insuportável.

— Eu só quero ajudar a resolver esse caso, Guilhermo.

Disse Cecília, sua voz mais suave.

— E você ajudará, mas não agora. Você precisa cumprir o castigo e mostrar que pode ser responsável. Esse é o seu primeiro passo.

Respondeu Guilhermo, com um olhar compassivo.

Naquele momento, a campainha tocou. Guilhermo foi atender a porta e, para surpresa de Cecília, era Regina.

— Boa tarde, Guilhermo. Vim visitar Cecília, se não for incômodo.

Disse Regina, com um sorriso.

— Claro, Regina. Entre, por favor.

Respondeu Guilhermo, abrindo a porta para ela.

Regina entrou e viu Cecília sentada no sofá, ainda com um semblante sério.

— O que houve, Cecília?

Perguntou Regina, preocupada.

Cecília explicou a situação, contando sobre a ligação do delegado e como Guilhermo a impediu de participar da investigação.

Entre Rosas e Sombras: Conflito com o Submundo Onde histórias criam vida. Descubra agora