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No dia seguinte à festa das Corporações Martins, o domingo amanheceu com o céu azul e o sol brilhando sobre Recife. Cecília acordou cedo, sentindo-se revigorada após os eventos do dia anterior. Guilhermo já estava de pé, preparando o café da manhã na cozinha do mirante colonial.

— Bom dia, Guilhermo!

Cumprimentou Cecília, entrando na cozinha com um sorriso.

— Bom dia, senhorita Cecília. Dormiu bem?

Perguntou ele, colocando uma xícara de café diante dela.

— Dormi, sim. Acho que estava tão cansada que apaguei assim que deitei na cama.

Respondeu Cecília, sentando-se à mesa.

Enquanto tomavam o café, ambos discutiram os planos para o dia. Como de costume, iriam à missa na paróquia local, algo que faziam religiosamente todos os domingos.

— Está quase na hora de sairmos para a missa.

Lembrou Guilhermo, olhando para o relógio de parede.

Cecília assentiu e ambos se prepararam para sair. Vestiram-se adequadamente para a missa e, em pouco tempo, estavam a caminho da paróquia local, onde eram membros ativos da comunidade.

Ao chegarem à igreja, foram recebidos pelos cumprimentos calorosos dos outros fiéis. A missa começou, e Cecília sentiu-se em paz enquanto participava da cerimônia. A familiaridade dos ritos e das orações sempre a acalmava, proporcionando-lhe um momento de reflexão e renovação espiritual.

Quando a missa chegou ao fim, os fiéis começaram a se dispersar, mas Cecília notou uma figura familiar entre a multidão. Era Regina, acompanhada por seu irmão Adriano. Surpresa, Cecília se aproximou deles, seguida de perto por Guilhermo.

— Senhora Regina, que surpresa vê-la aqui!

Exclamou Cecília, sorrindo.

Regina sorriu de volta, seus olhos cinzas brilhando com calor.

— Bom dia, Cecília. Bom dia, senhor Guilhermo. Esta é uma paróquia encantadora. Gosto de visitar diferentes igrejas pelo menos uma vez por mês, para sentir a diversidade de nossa comunidade.

Adriano, ao lado de Regina, também sorriu e estendeu a mão para Cecília e Guilhermo.

— Bom dia, sou Adriano, irmão de Regina. É um prazer conhecê-los.

Cecília ficou impressionada com a altura dele; ele era maior que Guilhermo por pouco e também parecia ser forte como ele.

— O prazer é nosso, senhor Adriano.

Respondeu Cecília, apertando a mão dele.

— Vocês gostaram da missa?

— Gostamos muito.

Respondeu Regina.

— A comunidade aqui é muito acolhedora.

— Concordo. É uma das razões pelas quais amamos esta paróquia — disse Cecília, com um sorriso.

Regina então fez um convite:

— Cecília, Guilhermo, gostaríamos de convidá-los para almoçar conosco hoje. Há um restaurante maravilhoso que adoramos frequentar.

Antes que Cecília pudesse responder, Guilhermo interveio discretamente.

— Agradecemos muito o convite, senhora Regina, mas havia prometido cozinhar as comidas favoritas de Cecília após a missa. Ela estava muito ansiosa por isso a semana toda.

Entre Rosas e Sombras: Conflito com o Submundo Onde histórias criam vida. Descubra agora