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Na manhã de segunda-feira, Guilhermo levou Cecília até a escola como de costume. Cecília sorriu para ele enquanto saía do carro, mas assim que ele partiu, seu semblante mudou. Pegou rapidamente o celular e chamou um Uber. Hoje, ela tinha um plano: investigar o local do leilão ilegal.

Durante o trajeto, o carro entrou em um engarrafamento em uma avenida movimentada. Cecília começou a ficar impaciente, mas de repente seu celular vibrou com uma mensagem inesperada. Era de Regina.

"Saia do carro agora." A mensagem estava clara e autoritária.

Cecília olhou ao redor, surpresa e assustada. Viu Regina sentada em um café ao lado da avenida, olhando diretamente para ela com uma expressão séria. Sua primeira reação foi considerar obedecer, mas esta era sua única chance de investigar o local do tiroteio. Ela decidiu ignorar a mensagem, afundando-se no banco do carro.

Regina, incrédula ao ver Cecília ignorando suas mensagens, levantou-se imediatamente. Ela já estava informada pelos agentes do Império que monitoravam Cecília de que a menina estava matando aula. Sem perder tempo, Regina ordenou que seu motorista seguisse o Uber de Cecília, ao mesmo tempo que instruía os agentes do Império a garantirem a segurança da jovem a qualquer custo.

Cecília finalmente chegou ao local do leilão ilegal. Pagou o motorista e entrou no galpão, seu coração batendo acelerado com a adrenalina. O lugar estava limpo, como se nada tivesse acontecido ali. Mas ela sabia que precisava ser minuciosa.

Enquanto examinava o ambiente, Cecília ouviu passos atrás dela. Um grupo de homens entrou no galpão, todos com olhares ameaçadores. Eram parceiros dos organizadores do leilão, ali para ver se alguém voltaria ao local.

— O que uma garotinha está fazendo aqui?

Um dos homens perguntou com um sorriso malicioso.

Cecília tentou se manter firme, mas sentiu-se encurralada. Quando os homens começaram a se aproximar, a porta do galpão foi aberta com força. Regina entrou, sua presença dominante chamando a atenção de todos.

— Deixem ela em paz.

Disse Regina, sua voz firme e autoritária.

Os homens se voltaram para Regina, mas antes que pudessem fazer qualquer coisa, agentes do Império invadiram o galpão, cercando os criminosos.

— A Imperatriz das Sombras ordenou que garantíssemos a segurança desta menina. Você e esta pessoa.

Disse, apontando para Regina.
— Podem sair daqui.

Informou um dos agentes.

Regina, ainda não revelada como a Imperatriz, pegou Cecília pela mão firmemente, mas sem machucá-la, e começou a tirá-la do local.

— Vamos embora, Cecília.

Sua voz rouca e grave soou severa, enviando arrepios pelo corpo de Cecília.

Quando passaram por um dos agentes, Cecília virou a cabeça e viu ele fazendo uma reverência. Para quem ele estava fazendo aquela reverência? Uma sensação sombria tomou conta dela, uma velha dúvida retornando à sua mente.

Dentro do carro de Regina, Cecília estava visivelmente abalada. Regina, com uma expressão séria, começou a dar um sermão.

— Você tem ideia do perigo que correu? Matou aula, enganou Guilhermo e veio sozinha a um lugar como esse!

Regina falou, a voz cheia de preocupação e raiva.

— E além de tudo, ignorou minhas mensagens! O que você estava pensando, Cecília?

Entre Rosas e Sombras: Conflito com o Submundo Onde histórias criam vida. Descubra agora