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Pov Nina

- Então, o que rolou ali? - Eloá me pergunta passando a mão nas minhas costas e abraço o Theus mais forte - Ei, tá tudo bem Nina, a gente tá aqui ok?

- Nina toma, você precisa beber alguma coisa, toma esse copo de água. - ouço a voz do Lorenzo e ele pega minha mão com calma e me entrega um copo. - Relaxe, eu vou segurar sua mão, tá bem? - eu assinto e tento beber a água mas sinto que ela cai mais do copo do que consigo por na boca.

- O que acham da gente por um filme de comédia? Vai ser muito bom.

- Poxa verdade, qual vocês querem? Bora ver os trapalhões. - Luciano fala tentando animar.

- Filme bem antigo né, deve ser da sua época de infância. - Eloá diz brincando e vejo o gêmeo demorar de entender um pouco o que ela disse.

- Não entendi fofa, me chamando de velho? Sou tão neném.

- Nem você acredita nisso viu amigo? - Eloá fala segurando o riso e o garoto finge se chatear.

- Pois chega, vão todos embora, sou velho então tenho que dormir cedo, minha tele-sena vai sair amanhã e eu não quero perder, não me irritem, tenho idade já. - Luciano fala e todo mundo acaba rindo, inclusive eu.

- Obrigada gente, vocês são incríveis e eu não sei o que seria de mim sem isso sabe? - falo sentindo uma lágrima cair.

- Nina, nos somos seus amigos, vamos sempre te apoiar lembre disso. - Matheus me dá um abraço lateral e agradeço com um sorriso.

- Eu preciso falar com vocês, eu realmente preciso. Quero? Não, mas preciso.

- Ei, não precisa nada disso, não agora. - Nat me olha com um sorriso e balanço a cabeça.

- Não, eu preciso. - me solto do abraço de Matheus e vou pra sala de televisão e me sento no sofá, todos eles se sentam no chão na minha frente e ficam em silêncio - Nossa, me sinto até uma professora e sua crianças. - solto uma risada nasal e eles me dão um sorriso encorajador. - Então gente, eu…eu é…acho que eu meio que terminei com a Quinn.

- Mas você já não tinha terminado mulher de deus? Agora que entendi foi nada. - Luciano diz e os outros concordam.

- Então, não era termino ainda né? Eu só fiz uma carta, sai de casa e é isso, se ela falasse “vou tentar” ou um “deixa te explicar” TALVEZ eu desse uma chance, mas nada disso aconteceu, ela me enganou, ela traiu minha confiança e ainda acha que tá certa.

- O que ela fez Naina? - Matheus me pergunta sério.

- Theus, não interessa agora tá bem? Mas é isso, acabou.

- Você ainda ama ela Nina? - Lorenzo que tava quieto me pergunta e sinto uma dor no peito.

- Claro Lolo, não vai passar tão rápido, eu amo aquela mulher, eu fiz mais do que podia, mais do que deveria para manter algo que não tinha mais como manter.

- Nina, você quer que isso aconteça? Que vocês terminem e tudo fique no passado? - Eloá me olha enquanto pergunta - A gente vai te apoiar e vai apoiar ela também e você sabe disso, mas temos que saber se é isso o que quer, sabemos que vocês estão machucadas e que se isso acabar, já foi, vocês não vão mais querer voltar.

- Eloá, eu não sei, eu juro que não sei, eu amo a Quinn, eu realmente amo essa mulher, eu as vezes acho que ela não me ama como fala sabe? - dou uma risada sem graça e começo a chorar - Amor não é só “eu te amo”, amor é confiança, amor é lealdade, amor é você contar pra pessoa suas maiores dores, suas inseguranças, contar até o que odeia em você mesmo e ela te ouvir, amar é você gostar até daquilo que o outro odeia em si mesmo, amar é você tá do outro lado do mundo e mandar uma mensagem pra sua esposa dizendo “oi, lembrei de você hoje e sinto saudade” ou somente um “oi, saudade”, amar é você querer ver onde errou e tentar consertar é você ter medo de perder a pessoa com quem você tá junto…e não sei se a Quinn sabe disso…eu não sei. - limpo uma lágrima do olho. - Eu tentei muito, muito, muito mesmo, mas eu não aguento, eu sou humana poxa, eu não sou um robô não, cara eu nunca duvidaria do amor da Quinn, nunca, mas agora? Agora eu não sei se acredito tanto nela e no suposto amor. E de verdade? O amor é tipo flores roxas e que nascem no coração dos trouxas e infelizmente eu fui um desses trouxas. - fal abaixando a cabeça e um silêncio fica na sala até a voz da Nat ecoar.

- A gente é uma família e não só uma empresa, nós vamos ficar juntos e o que vocês precisarem só contar com a gente, se dói tanto em vocês, falem pra gente, acima de qualquer coisa somos as pessoas que vocês podem confiar, todos estão juntos, sempre. - todos concordam e dou um leve sorriso.

- Sabe, eu amo muito a Quinn, de verdade e eu duvido que um dia eu deixe de amar, mas…mas eu não quero, eu não posso fingir que não me abalo, que eu não sinto nada, eu acho que, eu tenho que desaprender a gostar tanto assim dela. Tentei fazer valer, passei por cima de todos os problemas mas…eu não sei…achei que EU fosse o bastante, mas descobri que talvez não seja, não pra ela. - começo a chorar e todos me abraçam no sofá. Doi tanto, eu não queria que doesse dizer adeus porque eu nunca quis de verdade te dizer adeus Quinn.

goodbye... - au kitninaOnde histórias criam vida. Descubra agora