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Quando se sonha com uma coisa por muito tempo e finalmente a oportunidade de realizar os nossos sonhos aparecesse, só há uma coisa a se fazer... REALIZA-LOS!
Ela estava ali em frente a ele.
Estavam a ter uma conversa sobre casais que surgiram como amigos.
E o que ele iria fazer...?
- Sabrina de Marques - disse ele a agarrando pela cintura - eu acho que está na hora da nossa dança.
Estava tocando uma música do estilo Tarraxinha - uma dança sensual, em que os casais ficavam bem próximos um do outro - e ele não perdeu a oportunidade de tocar o corpo de Sabrina, de dançar com ela, de rir com ela.
Eles estavam calados, deixando que seus olhos fizessem a conversa por eles.
No inicios os movimentos de Sabrina eram tímidos, mas assim que ele a deixou mais confortável, ela pareceu se acalmar, deixar suas ancas menos tensas e mexerem-se ao ritmo da música, eles estavam coordenados, era o incrível o quão coordenados estavam, seus corpos se afastavam e se encontravam no exato mesmo intervalo, a cabeça dela pousada no ombro dele apenas deixava aquela vibe de sonho concretizado mais realista.
A música parou e quando se deram conta nenhum dos dois se afastou.
- Eu não quero largar - murmurou ela - não ainda.
Ela continuava agarrada a ele.
Ele gostava disso - ele amava isso.
Ele sorriu ao olhar para ela, ela estava nas suas mãos.
Ele estava nas mãos dela.
Começou a tocar outro estilo de música - AfroHouse - e a pista de dança foi invadida por dançarinos entusiastas.
Eles foram para o canto da festa, ele ia a frente com os passos apressados, segurando firme os braços dela.
Enquanto andava até ao canto, ele dizia a si mesmo que aquele não era momento de se acovardar, não era momento de achar que não era bom o suficiente e que talvez tudo fosse coisa da sua cabeça - porque, claramente não era - ela estava ali, com ele, seguindo-o para um canto criado de propósito para casais demasiado apaixonados, não havia maneira - nem no inferno - daquilo não ser reciproco.
Chegarão ao canto.
Ele estava em dúvida se devia ser gentil ou ir com tudo nela.
- Omar...
Ele amava ouvi-la chamar por ele e queria muito ouvi-la chamar por causa dele, mas naquele momento, ele apenas queria silencia-la.
- , Eu...
Ele não aguentava.
Ele se aproximou dela em um investida e a beijou.
Foi como se fogos de artificio tivessem rebentado no céu, como se ele tivesse atravessado todas as galáxias e ascendido para o plano astral mais alto.
Os lábios dela receberam-no sem nenhum hesitação, eles moviam-se tão famintos por ele quanto ele estava faminto por ela, seus braços desceram calmamente e se acomodaram na cintura dela, puxando-a para mais perto, ela deslizava os braços sedosos pelos braços dele até se alocaram a volta do pescoço dele.
- Eu sonho com isso por 5 anos - murmurou, com uma urgência na voz.
Estavam com os olhos fechados mas ele percebeu que ela sorriu a ouvir aquilo, aquilo foi como um booster de confiança para ela porque ela o puxava para mais perto e deixava a sua língua a disposição da de Omar.
Ele não conseguia resistir, ele tinha que lamber aquele pescoço.
Ele curvou-se até o pescoço dela, ela inclinou a cabeça deixando o pescoço a mercê dele.
Ele passou primeiro a língua áspera sobre a pele dela.
- Oh Omar - arquejou ela tremendo ligeiramente.
Oh, Omar - esse era o som que ele queria ouvir a tanto tempo. A voz dela ofegante e as mãos dela o puxando para mais perto do seu pescoço.
As costas arqueadas, deixando os seios dela empinados e aliciando o seu decoro.
Ele se forçou a parar, ele precisava de dizer-lhe isso
- você é perfeita - murmurou no ouvido dela - perfeita - repetiu.
Ela olhava para ele com os olhos arregalados e brilhando, a respiração dela estava apressada e o seu coração estava acelerado.
Ele conseguia ouvir cada som que ela fazia ao inspirar e expirar e ouvia nitidamente o coração dela batendo e como ele aumentava o ritmo quando seus lábios se encontravam entre os dentes dele.
Encostaram as testas uma na do outro.
Os dois precisavam de respirar, aquele momento era muito intenso, muito forte.
Era algo acumulado por anos e era tão imbatível quanto aquilo que tinham fantasiado.
- Eu sempre quis você - sussurrou ela esquivando o rosto do olhar dele.
Ele tocou no rosto dela com uma mão e devagar endireitou o rosto dela para que eles estivessem se olhando nos olhos.
- Eu sempre quis você - ecoo ele inclinando-se para mais um beijo.
Aquele último beijo tinha sido diferente dos primeiros - e igualmente mágico - não era um beijo de um amante sedento por se satisfazer, era o beijo de encantado, aquele tipo de beijo cheio de emoção, aquele beijo sobre o qual poetas escrevem.
Eles estavam mais confortáveis um com o outro e transmitiam as emoções que sentiam, ele conseguia saber pelo jeito que ele tocava no rosto dele que aquele era um beijo de amor, não era um beijo de paixão, era um beijo de amor puro e cristalino.
Omar nunca tinha amado ninguém - ele estava certo disso - e o Omar de há 5 anos atrás teria se afastado de imediato mal sentisse nem que fosse uma pitada de amor, mas esse Omar, esse Omar queria tudo, ele queria ir mais fundo, ele queria sentir o que sentia sem inibições.
Sabrina merecia o amor dele - isso era tão certo quanto a luz do sol - e ele queria dar a ela o seu amor. Ele não sabia ao certo quando aquilo tinha passado de uma atração, para uma paixão e por fim para esse sentimento avassalador que ele agora sentia, contudo, ele sentia e era isso que importava.
- Sabrina... - murmurou, imediatamente se perdendo nos olhos dela - eu quero ser teu - declarou, sem se importar com o seu orgulho ou ser rejeitado - e quero que sejas minha. Oficialmente.
Ela olhava para ele com os lábios ligeiramente abertos.
Ela tinha uma surpresa no rosto mas ela era logo apagada pelo sentimento que vinha logo a seguir.
- Eu quero ser tua - rebateu ela - e quero que sejas meu - concluiu sorrindo.
Eles estavam com sorrisos largos no rosto - aquilo era a concretização de um sonho adolescente.
- Minha namorada - disse ele, saboreando o som de sua voz dizendo aquelas palavras.
- Meu namorado - ela disse aproximando-se mais dele.
E eles deram mais beijos durante aquela noite, surpreendendo todos com a sua redescoberta paixão.
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Em Segredo
RomantikO amor por si não é complicado, o que na verdade o complica são as circunstâncias onde esse amor é criado. Omar e Sabrina estão nessa fase da complicação, o eterno vai ou não vai dos sentimentos, porque, é muito difícil saber o que se está a sen...