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O dia estava ensolarado e eram apenas 9h da manhã.
O dia estava sorridente para Omar, era sexta feira, um dia antes da festa de pedido deles. Ele não podia estar mais feliz, ele estava quase a se unir a família daquela com quem ele sonhava durante tantos anos.
Ele estava em casa sozinho esperando por Kélcio e Aristides.
Aquilo seria o mais próximo que ele teria de uma despedida de solteiro, porque ele não estava certo se o casamento seria em solo Africano - ele gostaria que fosse - mas para ser teriam que o organizar para os próximos 3 meses e Sabrina não merecia um casamento apressado, ela merecia os 300 convidados, a cerimónia matutina e o copo D'água em um grande salão.
Kélcio e Aristides entraram com uma garrafa de vinho do porto nas mãos.
Estavam a beber enquanto riam.
- Mais um abandonando o clube dos solteiros - resmungou Aristides dando um gole de seu vinho.
- Devias abandonar também - sugeriu Kélcio.
- É! - concordou Omar afagando os seus ombros - não há nada melhor que se unir a mulher que amamos.
Aristides soltou um resfolegar frustrado.
- Nem todo mundo tem uma grande sorte no amor - declarou Aristides enchendo o seu copo - À vocês.
Eles brindaram.
Alguém voltou a bater a porta.
- Amor - disse Omar sorrindo. Ele sempre sorria quando a via - não esperava ver-te hoje.
- Eu sei - disse ele envergonhada - mas eu esqueci algo aqui - pigarreou - na noite passada - essa última parte em um sussurro.
Ele sorriu e inclinou-se para o ouvido dela.
- Eu acho que eles sabem que a gente dorme junto.
Ela deu-lhe um soco leve no braço e rindo-se empurrou-o para dentro.
- Bebendo as 9h da manhã? - perguntou ela abanando a cabeça em negativa - vocês são más influências para o meu noivo - falou ela em um tom brincalhão enquanto andava pelo corredor até ao quarto.
Voltaram a bater porta.
- Mais vale deixar a porta aberta - brincou Aristides.
Omar balançou a cabeça em negativa, divertido.
E quando abriu a porta, preferia não ter aberto.
- Catarina? - exclamou ele abrindo a porta.
Ela entrou, sem que ele a convidasse.
Ela vestia roupas extravagantes - como sempre - uma saia social justa vermelha, um casaco estilo imperial de um tom mais escuro de vermelho e um chapéu daqueles que ficavam na lateral da cabeça, preto.
Catarina cumprimentou Aristides e Kélcio com o balançar de cabeça.
- Não me disseste que teríamos companhia - disse ela para Omar em um tom de brincadeira - mas, eu consigo aguentar com três - ela fitou os olhos para os dois.
Aristides tomou um grande gole do seu vinho e fingiu não ter ouvido.
- Não sei do que falas, o que aconteceu entre nós é...
- Pelo amor de Deus, Omar - interrompeu ela - você realmente achou que iríamos terminar assim do nada? E aproveita, porque a única coisa que me faz continuar a vir aqui são as tuas macetadas.
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Em Segredo
RomanceO amor por si não é complicado, o que na verdade o complica são as circunstâncias onde esse amor é criado. Omar e Sabrina estão nessa fase da complicação, o eterno vai ou não vai dos sentimentos, porque, é muito difícil saber o que se está a sen...