Até que a morte nos separe

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 Fomos até o quarto ao lado, onde as meninas estavam ficando.

— Finalmente! – Sam falou assim que entramos.

— Nós conseguimos ver só um guarda do lado de fora – Tori contou.

— Deve ter mais lá dentro – Cat completou.

— Sam, você conseguiu as armas? – perguntei.

— Sim, veio junto com o carro. Tem munição suficiente.

— Vamos ter que monitorar o Conan por quanto tempo? – Beck perguntou.

— Só mais seis dias pra ver a movimentação.

— É muito tempo, precisamos acabar logo com isso – falei ansiosa.

— Não dá, é muito arriscado – a loira explicou.

— Eu não ligo! Nós vamos amanhã durante a noite.

— É suicídio.

— A Sam tem razão, temos que esperar.

— Cala a boca Tori! Se você não quiser ir, não vai.

— Gente, calma – Beck pediu – Amor, a Sam entende mais sobre isso. Não podemos agir por impulso.

— Você está muito nervosa – a ruiva disse.

— Foda-se! Eu vou amanhã com ou sem vocês – saí do quarto e fechei a porta com força.

Me encostei na parede quando senti minha pressão baixar.

— Jade! – Beck me chamou, encostando em meu ombro. Nem o vi se aproximando – Está tudo bem?

— Sim, é só minha pressão.

— Venha, eu te ajudo a voltar pro quarto.

Beck abraçou minha cintura e me guiou até o quarto. Me sentei na cama e respirei fundo.

— Você não quer ir ao médico?

— Não, é só ansiedade. Preciso acabar com isso de uma vez por todas.

— Você não vai sozinha atrás do Conan.

— Eu vou com ou sem vocês.

— Não, você não vai – aumentou o tom de voz.

— Você não manda em mim.

— Estou te avisando, você não vai. Está querendo se matar?

— Eu faço o que quiser.

— Não esqueça que você tem uma filha te esperando voltar pra casa – virei os olhos.

Eu estava tão ansiosa que estava enjoada. Quando chegou de madrugada e o Beck caiu no sono, peguei um grampo de cabelo e entrei no quarto das meninas. Procurei pela chave do carro, estava em cima da penteadeira. Saí sorrateiramente sem fazer barulho. Liguei o carro e dirigi até onde Conan estava.

Estacionei do lado da porta do bunker. Abri o porta-malas, vesti o colete a prova de balas. Peguei uma arma e a carreguei.

Eu estou pronta!

Joguei uma granada pra derrubar a porta. Esperei a fumaça abaixar e entrei, tossi um pouco. Desci as escadas. Havia dois corredores.

— Conan! – gritei – Aparece, seu filho da puta!

Ouvi som de passos e então apontei a metralhadora.

— Você me achou, amor – ele disse com um sorriso – Pra quê essa metralhadora? Eu estou sozinho, venha! – ele virou as costas.

As the world caves in (Bade) | 2° temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora