Nós entramos no nosso quarto. Eu estava exausta. Meus pés estavam latejando de dor. Eu me sentei na cama e me abaixei para tirar meus saltos.
— Não, espera – o Beck disse, se ajoelhando na minha frente – Deixa que eu tiro pra você – ele retirou meus saltos com cuidado.
— Obrigada – levantei da cama e fui até a penteadeira para tirar os brincos e a maquiagem.
— Jade, eu te amo – ele falou de repente. Eu olhei pra ele através do espelho. Minha ansiedade não deixava de pensar que ele estava me tratando bem pra tentar compensar algo de errado que estava acontecendo.
— Ama? – falei enquanto tirava minha maquiagem.
— Você dúvida dos meus sentimentos por você?
— Não, Beck. Eu não duvido dos seus sentimentos. Eu sei que você me ama. Mas você não tem sido o mesmo. Eu sei que tem algo acontecendo, e você não está me contando.
— O-o que? Não tem nada acontecendo – só por ele ter gaguejado eu já sei que é mentira – Eu só não estou bem.
— Eu também não estou bem – meus olhos se encheram de lágrimas quando terminei de tirar minha maquiagem.
— Não, Jade, eu realmente não está bem – Okay, nesse momento eu senti minhas emoções serem desvalorizadas, como se ele estivesse dizendo que a forma como ele se sente fosse mais importante do que a forma como eu me sinto – Eu preciso de você do meu lado...
— Você tá de brincadeira? – falei irritada, me levantando da cadeira e indo até ele – Eu estou do seu lado, eu sempre estive! O problema é que você não me conta o porquê de você estar assim. Eu não tenho te reconhecido mais, Beck.
— Eu tô sendo um péssimo namorado, descul...– ele olhou para o lado e começou a chorar.
— Não chora – abracei ele – Eu só quero que você me conte o que está acontecendo, pra mim te ajudar. Nem que eu tenha que matar alguém – ele riu e eu ri junto – Eu estou bem aqui, está bem?
— Obrigada, amor – ele beijou o topo da minha cabeça – Isso me ajuda muito.
— Agora vamos tirar isso – afrouxei a gravata dele e comecei a abrir o primeiro botão da camisa social dele.
— Amor, eu...
— Não. Eu sei. Nós não vamos – forcei um pequeno sorriso – Eu só vou te ajudar a tirar, só isso.
Terminei de desabotoar a camisa dele, caminhei até a penteadeira e pendurei a camisa e a gravata na cadeira. Voltei até ele e e desabotoei a calça. Ele observava cada pequeno movimento meu atentamente. Abaixei o zíper da calça dele e puxei a peça pra baixo. Notei o volume na cueca boxer dele mas tentei ignorar. Só que era difícil de ignorar quando aquela protuberância estava bem na minha cara. Eu estava agachada desamarrando o sapato dele. Ele tirou os sapatos e a calça. Eu olhei pra ele, ainda agaixada. A visão dali de baixo era a coisa mais perfeita. Senti um calor muito familiar invadir meu corpo.
— A Laura pode entrar a qualquer momento se ela passar mal – ele disse, já sabendo meus pensamentos.
— Eu não acho que ela vá passar mal. Nós não fazemos barulho.
— Melhor não – ele disse e eu comecei a ficar frustrada. Eu me levantei e grudei meu corpo no dele.
— Rapidinho – falei enquanto pegava no pau dele. Ele fechou os olhos. Senti minha boceta pulsar forte.
— Amor...– beijei o pescoço dele pra não dar tempo dele pensar. Eu sabia que aquilo seria o xeque-mate – Não! – ele se afastou de mim. Eu franzi o cenho, aquilo era pra ter funcionado.
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As the world caves in (Bade) | 2° temporada
Fiksi PenggemarQuando tudo começa a dar certo e você começa a achar que está vivendo em um sonho, coisas ruins acontecem para lembrar que você ainda está na vida real. Em um estralar de dedos, você pode se encontrar caindo em um poço profundo novamente, mas dessa...