Precipício

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  *Flashback on*

— Ei! Essa é uma noite especial. Por favor, deixem os problemas pra depois – meu pai respirou fundo – Nada e nem ninguém vai estragar essa noite – ouvimos um estrondo vindo de cima e logo em seguida alguém caindo do teto.

— Tá repreendido! – a avó do Beck disse. Quando vimos o rosto da pessoa, era a mãe do Beck – Vai embora, demônio! – ela pegou o prato e atirou na direção dela, acertando a mesma e fazendo-a desmaiar.

— Vó! – Beck chamou sua atenção.

 Minha mãe começou a gargalhar até perder o ar. Meu pai só faltava explodir de raiva. Chloe ainda estava em choque com seu segredo exposto, Steven e Laura estavam assustados e, eu estava querendo matar aquela desgraçada da minha sogra.

  *Flashback off*

— Eu vou chamar a polícia – meu pai disse, pegando o celular no bolso da calça.

— Não, por favor! – Beck pediu – Deixe eu tentar conversar com ela primeiro, se não resolver eu aciono a polícia.

— Está bem. Mas se ela invadir minha casa de novo, não vou exitar. Vou chamar uma ambulância – meu pai foi até a sala fazer a ligação.

— Eu devia ter trazido meu terço – a avó do Beck disse.

— Vó, não é um demônio, é a minha mãe.

— Se bem que, os dois são quase a mesma coisa – falei dando de ombros.

— Como que essa mulher conseguiu cair do telhado e do andar de cima? – minha mãe perguntou incrédula.

— Essa é a mulher que eu falei, mamãe – Laura disse vindo até mim. Sentei ela no meu colo – Eu tô com medo, você disse que ela é má.

— Não precisa ter medo, você não está sozinha. Eu e o papai estamos aqui para te proteger – beijei sua testa.

— Promete?

— Prometo! – ela sorriu.

— Cadê a sobremesa? – meu irmão perguntou, ignorando tudo o que havia acabado de acontecer.

— Steven, não tem clima agora pra sobremesa – minha mãe falou.

— Tem sim, eu quero ué.

— Se comporte, ou você vai pro seu quarto – ele cruzou os braços e ficou emburrado.

 Eu estava preocupada com a Chloe, ela estava em silêncio olhando para o nada.

— Jade? – ela se virou para mim – Eu posso dormir na sua casa hoje? Por favor, eu não...– os olhos dela se encheram de lágrimas e ela engoliu o choro.

— Claro que pode. Fica tranquila, tá bom? Amanhã eu venho com você para resolvermos as coisas.

— Obrigada, Jade – ela deu um pequeno sorriso.

 Estava tudo dando errado, tudo! Era pra essa ser uma noite boa, especial. O que eu fiz pra merecer isso?

 Beck foi até a mãe dele, que estava desmaiada no chão para verificar o pulso dela.

— A ambulância está a caminho – meu pai avisou.

— Eu vou pagar pelo concerto da casa – Beck disse, eu virei os olhos. Foi a mãe dele que causou isso, ela tem que pagar.

— Não precisa, não foi culpa sua. Jade, você pode vir aqui comigo um instante? 

 Coloquei a Laura no chão e fui até a sala conversar com o meu pai. Quando ele me chama assim, dá até medo.

As the world caves in (Bade) | 2° temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora