𝗗𝗢𝗭𝗘

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ALANE DIAS




— Oi Isa, meu bem — dei um beijo na bochecha dela e a abracei bem forte — tava morrendo de saudades

— Eu também tava morrendo de saudades de você, meu amor — Isabelle me apertava nos seus braços enquanto falava.

— Vou apresentar você para alguns amigos — saí do abraço e segurei firme na mão dela.

Isabelle assentiu e eu apresentei ela para o Selton, Humberto, Vladimir e o Lázaro. Selton pareceu gostar bastante dela, tanto que: os dois começou a beber e conversar demais.

Wagner nos viu, mas ele não fez questão de falar com a minha amiga, ela também não. Ele tava bebendo mais, cabisbaixo, parecia triste por eu ter ignorado ele.

Dancei e bebi com o Humberto por horas, eu tava me divertindo demais com ele, ele me contou tantas coisas legais que ele fez até hoje, fiquei encantada e deslumbrada com tanta coisa que ele já viveu.

Ainda conversávamos, em roda de amigos, quando: Wagner levantou e veio até a gente, e falou o que eu gostaria de ter não ter escutado.

— Humberto, eu vou levar a Bella pra casa, você toca a festa pra mim.

Wagner não pediu, ele mandou. A sua voz grossa e o seu sotaque carioca me fez arrepiar. Humberto apenas assentiu, como o bom homem que ele é.

Meu sangue ferveu, vendo Wagner e Bella saírem pela porta juntos, rindo de algo, felizes. A mão dele estava próxima a bunda dela e a Bella abraçava o quadril dele, o que me fez pegar ranço dela.

Ele esfregou na minha cara que vai transar com aquela vagabunda, que raiva daquele desgraçado e da Bella, meu deus! Já que ele foi transar com ela, eu também posso ficar e transar com quem eu quiser, ele mesmo procurou isso.

Bebi por horas, na tentativa de esquecer que Wagner e Bella saíram juntos, Isabelle e Humberto começavam a ficar preocupados. Perdi as contas de quantas cervejas eu bebi, apenas sei que, não foi pouco. Mas estou consciente.

— Amiga, vamos pra casa? É quase três horas.

— Tá bom Isa, vamos.

Saímos da casa depois de nos despedir dos nossos amigos, Humberto devia tá na cozinha preparando alguma bebida, porque eu não vi ele na sala. Enquanto chamava o Uber, ele apareceu.

— Vocês estão indo embora?

— Sim, já tá tarde — falei, tentando conseguir um Uber.

— Vão de que?

— Uber.

— Deixe disso. Eu levo você e a sua amiga.

Abaixei o celular, sem acreditar que ele estava se oferecendo para nos levar.

— Você tem certeza? Eu não quero te incomodar.

— Imagina Alane, por você eu faço tudo — ele sorriu no final da frase e eu o abracei forte, não resistindo a beleza do sorriso dele, os seus braços rodearam o meu corpo e me apertaram.

Foi um abraço rápido, porém, com muita conexão. Olhei no fundo dos seus olhos e vi o quanto eles brilhavam, desviei o olhar para os seus lábios molhados atraentes e não resisti, dei um selinho no Humberto. Ele sorriu, realizado.

Abriu a porta do carro para mim e para a minha amiga como um cavalheiro, agradecemos juntas a gentileza dele, e entramos. Isabelle foi no banco de trás por opção dela e eu fui no banco do carona, na frente, com o Humberto do lado.

𝗠𝗘𝗨 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗡𝗧𝗘   Onde histórias criam vida. Descubra agora