𝗗𝗘𝗭𝗘𝗦𝗦𝗘𝗧𝗘

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𝗪𝗔𝗚𝗡𝗘𝗥 𝗠𝗢𝗨𝗥𝗔

Em algum momento, eu sabia que ia dar merda. A Bella não cansa de me procurar, de me irritar com isso, e de atrapalhar a minha vida.

— Tá feliz agora?
— perguntei para ela, nervoso.

— Eu já falei que você é só meu! — insiste.

— Eu não sou! — gritei — Voltei pro Rio pra ficar com a Alane e não com você. — falei sério, Bella pareceu não gostar.

— Vamos ver Wagner, vamos ver.

Perdi a paciência e agarrei o braço da Bella, colocando ela para fora da minha casa e batendo a porta. Caminho até a cozinha, pego meu iPhone (15) em cima da mesa e ligo para Alane, mas sem sucesso.

— Caralho — passo a mão no cabelo, nervoso e ligo uma,duas,três e nada. Bati na mesa e saí puto.

Peguei a minha camisa no meu quarto, a chave do meu carro e a carteira. Pisei firme no acelerador, indo até o apartamento da Alane. O trânsito do Rio de Janeiro é um inferno, porém consegui chegar.

Estacionei o carro em frente ao apartamento e desci, indo até a portaria.

— Veio ver a dona Alane seu Wagner?
— o porteiro perguntou

— Vim. Por que? — arqueei uma sobrancelha, esperando ele responder.

— Ela não tá. Saiu faz uma hora, tava com algumas malas, parece que foi viajar.

Viajar?

— Você tem certeza?

— Tenho. Se o senhor quiser, pode deixar um recado que eu falo pra ela quando voltar.

Pensei um pouco. Como ela foi viajar? Ela não pode ter me deixado.

— Tá bom irmão. Se ela voltar, diz à ela que eu quero conversar com ela. — bati de leve no ombro do porteiro e sai de cabeça baixa.

Entrei no meu carro e passei a mão no cabelo, angustiado. Deitei a cabeça no volante, perdido. Sabia que à partir dali, a minha vida desandaria. Sem a Alane, eu não sou feliz. Ela me mostrou o que é o amor de verdade e sou grato por isso. Eu nunca senti por outra mulher, o que eu senti por ela, e com ela.

Ergui a cabeça, liguei o carro e antes de pisar no acelerador, falei decidido:

— Eu vou te achar Alane, nem que para isso eu tenho que matar.

Dirigi até o meu restaurante favorito na Barra, estacionei o carro e antes de descer, tive a ideia de ir pra um boteco à noite com Lázaro. Peguei o meu celular no bolso da minha bermuda e liguei pro Lázaro.

— Lazinho, sou eu Wagner.
— falei firme.

— Fala Waguinho! — Lázaro respondeu, animado.

— Bora no boteco hoje à noite painho?

Só cachaça pra me ajudar a suportar a dor que Alane deixou no meu coração.

𝗠𝗘𝗨 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗡𝗧𝗘   Onde histórias criam vida. Descubra agora