𝗩𝗜𝗡𝗧𝗘 𝗘 𝗨𝗠

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𝗪𝗔𝗚𝗡𝗘𝗥 𝗠𝗢𝗨𝗥𝗔

Domingo.

Graças aquela foto postada no Instagram, eu encontrei a Alane! Não aguentava mais ficar sem saber dela, eu tava ficando louco! Nem dormi direito por causa dela. Saí com o meu carro, de madrugada pela cidade, lutando para esquecer aquela égua!

Fui de bar em bar, fui desejado por todas as mulheres, mas dispensei todas. Nenhuma delas podia me dar o prazer de satisfazer o meu desejo: beijar a boca daquela paraense maldita!

As duas semanas longe dela foi de tristeza e solidão. Eu tava igual a um corno inconformado, graças a Deus eu a encontrei, e deu tudo certo! Hoje, ao lado dela, eu sou o homem mais feliz desse país. Nada pode me deixar triste, só se o Vitória perder, aí eu vou ficar bolado.

Amei conhecer um pouco do Pará, o lugar de onde ela veio, um pedacinho dela. Eu não vejo a hora de levá-la para Salvador e mostrar à ela tudo que tem de bom na minha cidade!

Estava deitado na cama bem de boa, Alane tava terminando de se arrumar, eu a esperava, para irmos 'turistar' de novo.

— Anda logo Alane, você demora demais! — Reclamo entediado de esperar a boneca terminar de se arrumar.

Eu já tô pronto há mais de uma hora!

— Wagner, para de me apressar, por favor! — Alane diz dentro do banheiro; parece que não termina nunca!

— Toda vez é isso cara. Vamos no Rio, não se preocupa em se arrumar toda, porque você nenê, é linda de todo jeito. Eu já disse!

— Obrigada meu lindo! — Alane sai do banheiro, pronta — Pronto, terminei!

Finalmente!

— Eu já não aguentava mais esperar.
— Levanto da cama, pego as bolsas de praia e as levo para o bagageiro do carro, fecho o porta-malas e entro no carro, colocando a localização no GPS.

— Eu vou colocar a minha playlist pra tocar — Alane fala pegando o seu celular e conectando o Bluetooth no som do carro.

— O carro é seu mesmo — digo, ligando o carro e pisando no acelerador, sentido ao rio.

— Ignorante! — Alane fala, um pouco incrédula com o meu jeito de falar.

— Eu não sou, não! Eu sou um amor de pessoa.

Sou mesmo!

— Mas também é ignorante — Alane retruca e eu a ignoro, porque se eu responder, vamos acabar discutindo por coisa boba.

No som do carro toca Manchete Dos Jornais, faço uma cara estranha porque não conheço, a música é boa mas também é horrível!

Dirijo todo o percurso com a mão na perna da Alane — a minha linguagem de amor é toque físico.

Estaciono o carro próximo á um mangue, tiro o cinto de segurança, Alane faz o mesmo. O lugar só tem árvores.

— Meu Deus que horror, só tem mato! — Alane diz descendo do carro sem acreditar no que está vendo.

— Você que me trouxe. E é um mangue, minha filha, temos que descer até o Riacho — explico o óbvio, com o braço apoiado na porta aberta, admirando o lugar por trás das lentes dos meus óculos escuros.

𝗠𝗘𝗨 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗡𝗧𝗘   Onde histórias criam vida. Descubra agora