Era uma vez... todas as boas histórias começam assim, pelo menos todas as que eu conheço. Eu não poderia deixar a minha ser diferente. Eu sou Maximus Drakar, príncipe de Dumor ou costumava ser e é assim que a minha história começa.
Era uma vez, em uma terra muito distante, um reino magnífico, cercado por vastas florestas de um verde vibrante que enchia o ar de vida. Povoada por lindas e mágicas criaturas.
Esse reino era governado por um grande rei, um homem que fazia de tudo por seu povo e que, ao longo de toda a minha vida, me ensinou a fazer o mesmo. Meu pai sempre foi um excelente líder, além de um ótimo pai.
Tenho lembranças maravilhosas da minha infância, pois tanto minha mãe quanto ele sempre estiveram muito presentes em todos os momentos. Meu pai fez questão de me ensinar tudo que era necessário para ser o homem que eu sou hoje. Ele me ensinou a manejar uma espada e a olhar as estrelas quando eu me sentia perdido.
Essas eram as melhores lembranças que eu tinha da minha infância, com meu pai me ensinando sobre todas as constelações. Nós ficávamos horas no observatório que ele tinha construído, e lá o tempo parava.
Quando eu cresci e quis seguir a carreira militar, ele não facilitou para mim. Quando entrei no exército, eu tive que seguir meu próprio caminho, mesmo com ele me apoiando a cada passo. Mas, eu lutei para deixar ele e a minha mãe orgulhosos, chegando a uma posição de comando.
Mas, não tive muito tempo para comemorar a minha vitória. Pois, um terrível acidente arrancou a minha mãe de mim. Ela sempre foi a mais amável das criaturas e tão cheia de vida, de repente já não estava lá.
Quando ela morreu foi a sensação mais devastadora de toda a minha vida. Eu sentia falta dos seus sorrisos, do carinho que fazia nos meus cabelos quando eu não conseguia dormir, das vezes em que ficava cantarolando pelo salão quando achava que ninguém estava vendo.
Eu fiquei tão mal com tudo que quase desisti de tudo. Mas, meu pai me manteve de pé e me ajudou a superar a dor. "Um rei deve se manter firme, mesmo quando está desolado", ele dizia. Apesar de cruel, eu sabia que ele estava certo, então aprendi a usar a saudade e a tristeza de forma produtiva.
Eu continuei a me esforçar para ser a pessoa que eles me ensinaram a ser e o líder que meu pai me criou para ser. Me joguei de cabeça no trabalho com o exército para aliviar toda a dor.
Mas, meses antes de toda a minha vida mudar, meu pai começou a agir de uma forma estranha. Para falar a verdade, meu pai sempre foi meio estranho. Apesar de rei, era um homem da ciência que usava todo seu tempo disponível no laboratório particular dele sempre envolvido em algum experimento.
Experimentos estes que nunca deram certo. Na verdade, causaram tantos problemas que ele teve que movê-lo para as áreas mais remotas do castelo, longe de tudo e todos. Era lá onde sempre era encontrado mexendo nas máquinas que criava com graxa na mão ou em qualquer parte descoberta do seu corpo.
Mas, nos últimos tempos, quase nunca estava lá. Estranho era ver meu pai, um cientista, tão envolvido em assuntos do reino. Nos últimos meses, eu o flagrei mais de uma vez envolvido em discussões com o conselho, coisa que nunca fez.
Além disso, ele vivia murmurando sozinho com as estrelas. "Apenas conversando" ele dizia com um sorriso triste que me fazia duvidar de suas palavras. Eu tentei conversar com ele inúmeras vezes, mas ele não parecia disposto a discutir o assunto que claramente o deixava tão nervoso.
A cada dia que passava a tensão aumentava de tal modo que o ar se tornava pesado. E agora, ele me pediu para encontrá-lo para uma conversa. Meu pai nunca tinha me tirado da base no meio da semana para nada, muito menos para uma simples conversa. Então, algo muito grave deveria estar acontecendo.
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CAPÍTULOS PERDIDOS
FantasyJá imaginou entrar em um de seus livros e viver a história que eles contam? Nossos heróis nunca imaginaram que isso poderia ser possível. Até que um livro os uniu para recuperar um de seus capítulos perdidos. Em meio a muitas incertezas, nossos heró...