VII - Πρώτη συνάντηση

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Lauren Jauregui

Tic Toc. O barulho dos ponteiros do relógio acima do quadro branco era a única coisa que se escutava na sala de aula mais do que silenciosa. Um dos meus professores do meu curso de fotografia decidiu aplicar uma prova surpresa hoje, fazendo alguns resmungos irritados dos alunos soarem pela sala, inclusive os meus.


Essa prova veio em uma péssima hora para mim, pois eu não conseguia me concentrar em absolutamente nada já há quase dez dias.


O motivo da minha falta de concentração em tudo tem nome e sobrenome.

Camila Cabello.

Hoje, em uma segunda-feira no final do mês de setembro, completava dez dias desde que ela me ajudou e levou-me para a minha casa. Sim, eu me lembrava exatamente de tudo e estava extremamente curiosa com o fato de como ela sabia onde eu morava, já que em momento algum lhe contei meu endereço, e ainda mais confusa com seu último sussurro antes de se afastar de mim.


"Boa noite, meu amor. Amo você."


Minha mente não se calava desde esse acontecimento, fervilhando de ideias e pensamentos a cada segundo que se passava, dando-me insônia e crises de ansiedade. Eu precisava descobrir o porquê de Camila ter sussurrado isso, antes que eu ficasse louca.Eu queria tirar essa história a limpo com ela, colocá-la contra a parede e forçá-la a me dizer tudo, mas eu não a via há dez dias.


Minha última visão da grega foi quando ela me lançou um olhar indecifrável e transbordando amor na porta do meu quarto, antes de fechá-la e sumir.


Pisquei algumas vezes, querendo que ela saísse dos meus pensamentos, e tentei focar o máximo possível da minha atenção na folha à minha frente. Eu tinha que tirar uma nota boa nesse semestre, para não ter que me preocupar tanto no final. Respirei fundo, peguei o lápis e comecei responder as questões que achava corretas. ...


Depois de mais alguns torturantes minutos, consegui finalizar a prova e saí da sala, indo para o pátio central. Queria terminar um trabalho sobre História da Fotografia para quarta-feira e no pátio era o melhor lugar para se fazer, pois era calmo e tranquilo em certos lugares. Poderia ir para minha casa, sendo que não teria mais aulas hoje, mas não queria ficar sozinha e sucumbir aos estranhos pensamentos que rondavam minha mente.


Sentei-me na grama fofa embaixo de uma pequena árvore e tirei os materiais necessários para fazer meu trabalho. Tentei me concentrar e obtive um pouco de sucesso, mas parei de escrever no meu caderno quando, sem querer, escutei a conversa de um grupinho bem próximo de onde eu estava sentada.


- Você viu isso?!


Olhei para os alunos, virando sutilmente a cabeça, olhando-os com os cantos de meus olhos, e foquei-me completamente na conversa alheia, tentando parecer discreta. Eu não costumava a fazer isso, porém a curiosidade era maior, o tom horrorizado do grego me deixou alarmada.


- O que?


- Acharam um carro totalmente queimado com duas pessoas dentro.

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