XX - Η αρχή

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Tem uma música, e como sempre, é escolha de vocês ouvirem ou não.
—> NBK – Niykee Heaton


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Salem – Massachusetts - EUA

MDCXCII – 1692

POV Narrador


Hoje, mais uma vez, era um dia de julgamento no tribunal da pequena cidade de Salem.

Em Salem, no ano de 1692, um médico do vilarejo, após examinar três crianças e não conseguir obter um diagnóstico, fez com que os magistrados da cidade tomassem uma atitude e manipulassem as crianças, mesmo doentes, a falarem que foram enfeitiçadas por bruxas. Três mulheres foram aprendidas, uma escrava, uma idosa pobre e uma moradora de rua.

Após o rumor se espalhar, mulheres inocentes começaram a andar de cabeças baixas pelas ruas, temendo serem apontadas como bruxas, sentindo olhares julgadores e amedrontados contra si. Pessoas se trancavam em casa, temerosos pelo que uma suposta bruxa poderia fazer quando estivesse no pico de sua raiva ao ser descoberta e sentenciada.

Em sua casa, Normani olhava acuada para todos os lados, tremendo e suando, com medo de ser descoberta e morta. Certificava-se, pela quinta vez, se as portas e janelas de sua casa estavam devidamente trancadas.

Deitava-se encolhida em sua cama em seu quarto escuro pelas cortinas fechadas, pois ainda era cedo e não tinha necessidade de se levantar por agora, pelo menos não hoje.

Morava sozinha, após seus pais terem falecido de causas naturais quando atingiram uma idade avançada, em uma pequena casa no bosque da cidade, entre as árvores mais densas do local, mas isso não lhe dava medo, pois medo, isso ela tinha dos homens.

Normani Kordei nasceu uma bruxa, descendente de sua avó e sua mãe, mas não tinha pacto com ninguém, como várias mulheres que foram acusadas, apenas se considerava uma curandeira. Usava sua magia para curar doenças e cuidar dos mais pobres, sem cobrar absolutamente nada, além de usá-la para seu próprio bem estar. Ganhava dinheiro com uma pequena farmácia de medicamentos naturais deixada pelos seus pais, e assim se mantinha viva.
Depois que as acusações e os enforcamentos começaram a ganhar força, ela se isolou, ficando longe da civilização. Não tinha parentes ou amigos, então isso facilitou para que pudesse se esconder sem desconfiança alheia.

Há dias que se mantinha em casa trancada, usando de seus poderes e de sua horta particular atrás de sua casa para sobreviver. Todos os dias recebia notícias de que mulheres eram acusadas e condenadas.

Normani nunca soube se Tituba, a escrava de uma das crianças acusada de bruxaria, era realmente uma bruxa, pois fora morta enforcada junto de outras mulheres. Ouviu as histórias que o governo contou logo após Tituba ser julgada e presa, mas desconfiou da veracidade. Sabia que eles fariam de tudo para acusar as mulheres, principalmente pelo fato de não terem status social.

Respirou fundo, tentando se acalmar, e saiu de sua cama, indo em direção a cozinha para preparar um chá.

Tomou o liquido calmamente, observando pela pequena janela de sua cozinha o dia indo embora lentamente para dar lugar a noite fria. Ficou horas sentada na mesma posição apenas pensando no seu futuro se conseguisse sobreviver.

Um arrepio cortou sua coluna ao lembrar-se de sua mãe lhe dizendo que, se quisesse sobreviver, deveria fazer O Pacto e se tornar uma bruxa poderosa, no entanto, nunca quis isso. Gostava de se sentir leve e ter o controle total de sua vida.

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