III - Μπαρ

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Boa Leitura!!!

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Pov Lauren Jauregui

Louca. Eu ainda ficaria louca. Porquê? A maldita grega saía de seu quarto todos os dias sempre no horário em que eu chegava ao hotel, fazendo questão de se esbarrar em mim na entrada, me deixando entorpecida com seu cheiro doce. E quando meu turno estava prestes a acabar, ela chegava de suas saídas noturnas e passava em frente ao balcão onde eu ficava, me lançando piscadas nada discretas e olhares quentes.

Era difícil fingir que eu não a via, ainda mais porque eu quase me derretia toda quando meus olhos se encontravam com os delas ou quando ela sorria pra mim. Claro que eu não demonstrava e tentava ficar o mais firme que conseguia. Obviamente falhava algumas vezes, mas isso não vem ao caso. Eu não entendia essa sua atitude diferenciada e sensual, mas não conseguia reclamar, afinal, vê-la todos os dias desfilando com suas roupas e saltos de marcas, junto com suas bolsas e joias caras era simplesmente uma tentação que eu amava observar.

Hoje seria o último dia da minha tortura particular, mesmo não querendo que ela fosse embora, também não podia continuar a ficar paralisada ou gaguejando todas às malditas vezes em que a grega aparecia.

Essa semana foi uma das mais confusas da minha vida. Minha cabeça me pregou peças todas as noites durante meu sono, com sonhos estranhos e constantemente envolvendo Camila, mas sempre pareciam mais como... Lembranças. Meus sonhos piorava principalmente quando ela chegava perto de mim, constantemente provocando-me uma sensação de déjà-vu. Isso me causava sérios arrepios, pois nunca tinha visto a grega em toda a minha vida.

Tive que sair correndo de casa hoje mais cedo porque acordei atrasada para a faculdade, visto que na noite anterior acordei diversas vezes com sonhos estranhos ou uma sensação de estar sendo observada, de novo.

O sonho dessa noite foi basicamente comigo caída em uma capina escura, quase morrendo. Podia sentir a fraqueza em todo meu corpo, dores em todos os lugares, principalmente no pescoço. Eu praticamente podia sentir a morte me levando as poucos, mas logo a vi. Karla Camila usava uma roupa clássica grega, uma toga branca e dourada, e estava linda. Parecia estar procurando algo e também gritava por alguém ou alguma coisa, mas eu não podia gritar já que da minha boca não saía nada. Entretanto, quando me viu, entrou em desespero e se ajoelhou ao me lado, na grama. Vi que ela estava em prantos e eu tentava fazer algo, mas não conseguia me mover e nem falar. Ela repetia que me amava e me pedia perdão, porém eu não tinha forças para mais nada. Então eu acordei, sentando-me rapidamente na cama, ofegando e suando tanto que por um instante achei que teria um infarto.

E foi assim durante a madrugada inteira, com sonhos e sensações estranhas. Tirei a conclusão que minha mente era muito criativa para esse tipo de coisa.

Fui despertada dos meus devaneios por um toque suave no ombro, fazendo-me virar a cabeça para trás e vendo meu amigo. Théos Argyros.

Um moreno bem alto, com cabelos castanhos e parcialmente grandes; barba por fazer; pele morena; corpo escultural e olhos tão azuis que beirava a transparentes. E o melhor de tudo, ele é gay. (Foto da mídia)

- Lauren, vamos sair hoje depois daqui? - Sua pergunta veio com um sorrisinho animado e olhos brilhantes. Parecia uma criança quando pede doce aos pais.

- Hm, não sei, Théo, estou muito cansada. - Digo suspirando e me sentando corretamente na cadeira.

- Ah não, você usou essa mesma frase da última vez que eu te chamei. - Ele bateu o pé no chão fazendo birra. - Vamos só hoje, vai ser muito bom e eu não te encho mais o saco. Por favor, mikró*. - Eu olhava perplexa para o homem, de 26 anos, fazendo um pequeno bico para me convencer. *pequena*

Passion For FearOnde histórias criam vida. Descubra agora