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Jungkook saiu da casa de Beatrice, suas mãos trêmulas e o coração batendo acelerado

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Jungkook saiu da casa de Beatrice, suas mãos trêmulas e o coração batendo acelerado. A noite estava fria, mas o calor do encontro com Beatrice ainda queimava em sua pele. No entanto, algo mais pesado pairava em sua mente: a presença perturbadora da mãe de Beatrice. Ele a conhecia de algum lugar, uma memória enterrada nas sombras do passado.

Enquanto caminhava pelas ruas desertas, a cabeça de Jungkook fervilhava com pensamentos. Ele lembrava-se vagamente de Angelina mencionando alguém que era uma influência poderosa e perigosa em sua vida, alguém que controlava tudo nos bastidores. “A pessoa que nunca vemos, mas sempre sentimos”, Angelina havia dito. Seria a mãe de Beatrice essa pessoa?

A expressão fria e calculista dela ao vê-lo, o jeito como seus olhos o examinaram, como se estivessem desnudando sua alma, trouxe de volta um turbilhão de memórias. “Felipe…”, ele pensou. O nome saiu como um sussurro, uma advertência no fundo de sua mente.

Enquanto essas memórias fragmentadas começavam a se juntar, Jungkook percebeu que havia algo mais sombrio por trás da morte de Angelina do que ele poderia imaginar. Felipe sempre se referiu a uma pessoa que puxava as cordas, alguém que o manipulava. Uma mulher. Uma sombra que parecia familiar demais agora.

Perdido em pensamentos, Jungkook quase não percebeu a figura que apareceu do outro lado da rua, a silhueta emergindo das trevas como um fantasma de seu passado. Felipe. O corpo dele estava relaxado sobre sua moto, mas os olhos continham um brilho de loucura, uma faísca de algo destrutivo que fez os pelos na nuca de Jungkook se arrepiarem.

Com apenas um sinal, Felipe insinua para que Jungkook o seguisse, afim que pudessem conversar naquele momento.

Felipe pilotava sua moto com agilidade pelas ruas desertas, o ronco do motor ecoando pela noite silenciosa. Ele lançou um rápido olhar pelo retrovisor, certificando-se de que Jungkook o seguia de perto. Ao avistar um ponto mais afastado, onde a iluminação pública falhava em alcançar, ele desacelerou gradualmente, virando o guidão e encostando a moto num canto discreto da rua vazia. O som do motor da moto morreu, deixando o ambiente em um silêncio quase sufocante.

Com os pés firmemente no chão, Felipe retirou o capacete e balançou a cabeça, deixando os cabelos caírem de maneira desleixada sobre os olhos. Ele olhou de lado, vendo as luzes dos faróis do carro de Jungkook se aproximarem e, num gesto rápido, levantou a mão, indicando para ele encostar.

O carro freou suavemente ao lado da moto, e os dois ficaram imóveis por alguns instantes, apenas observando a respiração uns dos outros no meio daquela penumbra, como se o peso do que estava por vir se instalasse no ar entre eles.
Jungkook desce do carro lentamente, observando a todo momento cada gesto de Felipe, cada mínimo detalhe, como se ele estivesse tentando decifrá-lo a cada segundo.

ㅡ Jungkook. ㅡ Felipe chamou, sua voz ecoando pela rua vazia. ㅡ Parece que está fugindo de algo... ou de alguém.

Jungkook parou, o corpo tenso. Ele sabia que não podia demonstrar fraqueza diante de Felipe.

Revenge (Jeon Jungkook)Onde histórias criam vida. Descubra agora