Beatrice Castellani enfrentava uma perda repentina e buscava por justiça desde então. Traçava uma linha direta em seu dia a dia, vivendo um dia após o outro, deixando que seu ódio e rancor tomasse conta da mesma, disposta a descobrir o culpado pela...
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O restaurante em São Paulo era discreto, com uma iluminação suave e mesas separadas por cortinas pesadas, criando um clima de privacidade. A decoração minimalista refletia um ar de classe, mas de uma forma que não chamava atenção. A mãe de Beatrice chegou primeiro, sentando-se em uma mesa afastada, seus olhos escuros fixos no menu, mas a mente em outro lugar, completamente distante. Ela estava tensa, seus dedos tamborilando na mesa enquanto aguardava.
Logo, Felipe entrou, com sua presença impetuosa contrastando com o ambiente refinado. Ele se dirigiu até a mesa, e o olhar da mãe de Beatrice encontrou o dele com frieza, mas também uma tensão palpável. Ele se sentou sem ser convidado, inclinando-se para frente, os olhos fixos nela.
ㅡ Você me chamou aqui, então vamos direto ao ponto, dona Adriana. ㅡ Felipe começou, a voz baixa, mas carregada de desprezo. ㅡ Já sei o que você quer, mas posso te garantir uma coisa: as suas ameaças não vão mais adiantar nada. Tudo será descoberto em breve.
A mãe de Beatrice manteve-se em silêncio por um momento, seus dedos parando de se mover sobre a mesa. Ela observou Felipe por um longo segundo, o rosto impassível, mas os olhos traíam um leve toque de raiva crescente.
ㅡ Você acha que pode me intimidar, Felipe? ㅡ ela respondeu com um sorriso cruel, seus lábios se curvando levemente. ㅡ Você não sabe com quem está lidando. Eu tenho muito mais controle sobre tudo do que imagina. Se acha que pode escapar impune, está completamente enganado.
Felipe soltou uma risada amarga, sua expressão se tornando ainda mais implacável.
ㅡ Você me subestima, Adriana. Eu sei o que você fez. E não adianta ameaçar mais. Não é mais sobre o que você pode me fazer... é sobre o que está prestes a vir à tona.
A mãe de Beatrice se inclinou para frente, seu olhar fixo e feroz.
ㅡ Eu estava com você naquela noite, Felipe. Eu estava lá, e você fez o que eu pedi. Não se esqueça disso.
ㅡ Eu não sou o culpado, e nunca fui. Não sou o monstro que você quer me fazer parecer. ㅡ Felipe o encarou com um olhar gélido, seus olhos quase congelando em sua direção. ㅡ Eu amava Angelina de verdade. Mas você empurrou sua própria filha pela janela, e é isso que você vai carregar consigo pelo resto da vida. ㅡ Ele não se afastou, sua postura desafiadora.
As palavras caíram como uma bomba, o impacto ressoando no ar como um trovão prestes a estourar. A expressão da mãe de Beatrice escureceu instantaneamente, e ela engoliu a raiva que ameaçava transbordar. Seus olhos brilhavam com uma fúria controlada, mas havia algo de mais profundo ali. Um medo, talvez, ou uma percepção de que as coisas estavam fora de seu controle agora.
ㅡ Você não tem ideia do que está dizendo! ㅡ ela alterou a voz, sua voz tremendo de fúria. ㅡ Eu não sou a culpada! Eu fiz o que tinha que ser feito, o que era necessário! Você não sabe nada sobre os sacrifícios que fiz por ela, por Beatrice, por tudo! ㅡ disse, cada vez mais raivosa. ㅡ Você é só um pedaço de carne, Felipe. Uma ferramenta. E se tentar derrubar tudo o que eu construí, vou te destruir de uma vez por todas.
