Capítulo 10

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Taehyung saiu da sala de reuniões com passos firmes, mas seu coração estava despedaçado. Sem olhar para Jungkook, nem mesmo para Jimin ou Suga, ele pegou o celular e rapidamente chamou seu motorista pessoal. Não queria lidar com nada nem com ninguém naquele momento. A tristeza era evidente em seus olhos, e todos perceberam, mas ele não tinha forças para explicar.

Quando o carro chegou, ele entrou sem hesitar, evitando qualquer contato visual. A última coisa que queria era ouvir a voz de Jungkook, ou ter que enfrentar a realidade daquelas palavras que ainda queimavam em sua mente: somos amigos. O silêncio no carro era um alívio. Ele sabia que não estava pronto para voltar para casa, onde teria que encarar mais perguntas e sentimentos que não conseguia processar. Em vez disso, instruiu o motorista a levá-lo a uma cafeteria aconchegante que ele costumava visitar para pensar.

As horas se arrastavam enquanto ele bebia café, seus pensamentos vagueando em todas as direções possíveis. Pensava em como tudo havia mudado, em como Jungkook parecia aceitar tudo com tanta facilidade enquanto ele se sentia preso em um dilema que parecia consumir cada parte de sua existência. Por que as coisas não podiam ser mais fáceis?

Depois de um longo tempo em silêncio, perdido em seus pensamentos, uma voz familiar o tirou de seu transe.

— Taehyung? — perguntou Bogum, com um sorriso no rosto.

Taehyung piscou, surpreso, antes de se levantar para cumprimentar o ator.

Tae: Ah, oi, Bogum. Quanto tempo, né? — disse, esboçando um sorriso, embora seu coração ainda estivesse pesado.

Eles se abraçaram rapidamente, e Taehyung pôde sentir a leveza e familiaridade no gesto. Era fácil estar perto de Bogum, tão diferente da tensão que ele sentia com Jungkook ultimamente.

— Faz quase dois anos, não é? — Bogum disse com uma risada, sentando-se na cadeira à frente de Taehyung.

Tae: Sim, o tempo voa. Como você está? Trabalhando muito? — Taehyung tentou manter o tom leve, forçando-se a escapar dos pensamentos que o atormentavam.

Eles passaram os minutos seguintes conversando sobre os últimos projetos, suas agendas, e como suas vidas haviam tomado rumos tão cheios e ocupados. Taehyung riu algumas vezes das histórias de Bogum sobre as filmagens, sentindo uma leveza que não experimentava há tempos. Por um breve momento, ele esqueceu Jungkook. Esqueceu as cobranças, as expectativas e o peso que carregava.

Bogum sempre fora uma pessoa fácil de se estar, alguém com quem ele podia rir e conversar sem reservas. E foi nesse momento de distração que uma ideia passageira cruzou a mente de Taehyung: E se as coisas fossem diferentes? Se eu tivesse ficado com alguém como Bogum, tudo seria mais fácil. Não haveria a pressão da empresa, a rejeição ou aprovação das fãs. Seria simples, sem tantas complicações.

Mas, tão rápido quanto o pensamento veio, ele desapareceu. Ele sabia que era impossível. Por mais que a vida pudesse ter sido mais fácil ao lado de alguém como Bogum, seu coração sempre pertenceu a Jungkook. Desde o início. Não importava o quanto fosse difícil, o quanto doesse, ele não conseguia imaginar estar com mais ninguém.

— Sabe, Taehyung, estou feliz por termos nos esbarrado aqui. Faz tanto tempo, e sempre é bom conversar com você. — Bogum disse, tirando o celular do bolso. — Vamos tirar uma foto para registrar esse momento?

Taehyung riu e assentiu, posando para a câmera.

Depois de tirar a foto, Bogum guardou o celular e, com um sorriso enigmático, disse:

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Depois de tirar a foto, Bogum guardou o celular e, com um sorriso enigmático, disse:

— Ah, quase esqueci! Você sabia que vamos trabalhar juntos em breve?

Taehyung franziu o cenho, surpreso.

Tae: Não sabia. Do que está falando?

Bogum riu levemente, animado.

— Vamos fazer um ensaio para uma revista. Meu agente me contou recentemente. Fiquei muito feliz quando soube que seria com você. Achei que já soubesse.

Tae: Nossa, sério? Isso é ótimo! — Taehyung sorriu, genuinamente surpreso. — Faz tanto tempo que a gente queria fazer algo juntos, finalmente vai acontecer.

Eles riram juntos, relembrando como há anos falavam sobre colaborar, mas suas agendas nunca batiam. A conversa fluiu naturalmente, e por um momento, Taehyung se sentiu em paz. Mas a realidade sempre voltava. Ele sabia que essa distração era temporária.

Despediram-se com um abraço e promessas de se verem no ensaio. Enquanto Taehyung caminhava para fora da cafeteria, mal percebeu um flash ao longe. Um paparazzi tirava fotos discretamente, registrando o encontro dos dois sem que eles notassem.

Voltando para o carro, Taehyung sentiu o peso da realidade voltando. Ele sabia que o retorno ao dormitório não seria fácil. Seu coração apertava com a perspectiva de enfrentar Jungkook e explicar por que havia saído daquela maneira da reunião. As dez chamadas perdidas e mais de trinta mensagens de Jungkook no celular eram um lembrete claro de que a conversa seria inevitável. E, pior, seria dolorosa.

O caminho de volta parecia interminável, enquanto ele tentava preparar seu coração para o que estava por vir.

Darniére Danse 2 (TAEKOOK)Onde histórias criam vida. Descubra agora