"Quando estamos cara a cara
Sei que qualquer um repara
esse sentimento entre a gente
Para, isso aqui é coisa rara,
Quanto mais o tempo passa,
mais você prova que é diferente”— AFRODITE, DELACRUZ FEAT IZA
Sofia
Sinto a respiração calma na minha nuca, e o fato do Bryan cobrir todo o meu corpo com uma facilidade anormal, me faz entender a nossa diferença de tamanho. Todo o corpo dele cobre o meu, não sei se é uma tentativa de fazer o meu frio diminuir, ou se ele só quer alguma proximidade. Mas, apesar do frio, eu me sinto segura e confortável com ele assim tão próximo do jeito que eu gosto. Respiro fundo, pensando no post de fofoca que eu li hoje, soltando uma risadinha antes de sentir a sua mão grande, áspera e muito gelada na minha cintura, apertando a pele sem o menor pudor. Engulo em seco, fingindo que nada disso mexeu comigo. Só se passou uns vinte minutos desde que eu tentei transar com ele aqui e fui negada na maior cara de pau.
Insensível do caralho.
Sofia: Você sabia que tiraram foto nossa na sorveteria naquele dia? - Pergunto baixo, me ajeitando melhor entre as suas pernas para o olhar diretamente. Bryan olha nos meus olhos por longos segundos, antes que desçam até a minha boca e eu reviro os olhos, segurando o seu rosto com as mãos dos dois lados, ao menos tento fazer ele olhar nos meus olhos.- Mantenha o foco, Bryan Gabriel. A gente tava se beijando e tal, coisa de ficantes assumidos e os fofoqueiros tiraram foto nossa lá. Você sabia?
Talibã: Eu não tô nem aí, Sofia - Ele fala baixo, dando de ombros e não esboçando expressão nenhuma sobre essa situação. Não preciso olhar pra ele pra saber que o Bryan não se importa, ou não se importou, mas mesmo olhando, eu ainda fico incrédula com essa ousadia dele.- Mas eu deveria?
Quando ele estiver se importando com alguma coisa, o mundo vai explodir.
Sofia: Sim - Ele arqueia a sobrancelha e eu sorrio docemente pra ele, batendo os cílios como se eu fosse um ser tão inocente que não comete impureza nenhuma.- Acabaram com os meus esquemas e vão achar que eu sou sua mulher, agora homem nenhum vai querer ficar comigo. Com todo respeito, eu gosto de trocar uns beijinhos.
Não tô mentindo e nem brincando, realmente isso vai acontecer e eu, Sofia Alencar Linda da Silva, vou entrar em um celibato forçado e é certo virar uma assassina sem dar um beijo ou a perseguida, que se não fosse pelo Bryan aqui, certamente eu viraria virgem de novo. É, não tão virgem assim. Acontece que a grande parte das pessoas daquele morro tem medo do Bryan, e com esse negócio de que viram ele pela primeira vez comigo por lá e que é a primeira vez que vêem o Bryan com alguma mulher do lado, com certeza vai repercutir.
Talibã: Fico até mais suave, então.- Abro a boca em total choque, observando o rosto dele em uma expressão que não consigo identificar. Dou um belisco no braço dele que me rodeia, revirando os olhos e desviando o olhar dele. Vagabundo. Mas eu que não vou falar isso em voz alta, se eu quisesse morrer, me jogaria dessa laje. Ele beija meu pescoço, e eu respiro fundo com a tentação purinha do satanás. Me encolho, negando.- Tenho culpa de nada, não fui eu quem postei essa merda. Vai bater cabeça sozinha e sem necessidade.
Sofia: Manda tirar - Murmuro. Ele espalma a mão na minha barriga, puxando o meu corpo pra mais perto do seu, o que eu achava que era impossível, já que estamos perto mais que o suficiente pra sentir a respiração um do outro. Mas ele não se contenta, então, com a mesma mão que tá na minha barriga, ele leva até o meu piercing, mexendo na jóia em um ato distraído e fofo.- Anda.
Talibã: Pra que? - Sinto a sua respiração bater na minha pele, arrepiando tudo. Engulo em seco quando sua boca se aproxima e fica bem pertinho da minha orelha, fodendo com a minha cabecinha quando morde levemente o lóbulo, deslizando a mão até a minha coxa de um jeito nada inocente. Puxo o ar, fechando os olhos ao sentir sua respiração raspar na minha pele. É, Eva, agora te entendo. Frutos diferentes, mas a tentação é a mesma. Me mexo com a pura impaciência dentro de mim, fingindo que não tô gostando, mas por me mexer, sinto o atrito do pau duro do Bryan com o meu short e a minha buceta. Ele solta um grunhido baixo e rouco, quase inaudível, mas eu escuto. E essa com toda certeza foi a coisa mais erótica que já escutei na minha vida.- Fica parada se não quer que eu te foda aqui mesmo, Sofia.
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Santo Forte.
No FicciónO desejo tá explícito nos meus olhos e a cada toque meu sobre teu corpo que arrepia, cada fala que treme, cada respiração descompassada que você tem perto de mim, você implora pra que isso seja apenas uma noite, assim como eu. Até ver que seus olhos...