“— O que temos, além de esperança?”
⤬ N E G A N, The walking dead: dead city✃
Os seus braços grandes e largos cobrem a minha cintura toda, como um abraço de urso que sempre me derrete completamente toda vez que eu preciso dele. Sorrio largamente, me aninhando sobre o seu peito, sentindo os seus dedos se movendo devagarinho no meu coro cabeludo sensível. Um carinho familiar e constante, acolhedor, é tão Rodrigo que eu nem sei explicar a imensidão disso. Além de me amar e me incluir como pode no dia a dia dele, ele me alimenta, me dá carinho, menos um beijo…
Sofia: Drigo? - Falo calmamente o apelido, o deixando muito escaldado. Rodrigo ergue o rosto na minha direção, parando em mim o seu olhar totalmente desconfiado por eu usar o seu antigo apelido. Pior que eu acho muito engraçado esse jeitinho dele de não saber o que esperar de mim, mas sabe que boa coisa não é. Principalmente quando eu tô muito na minha, quietinha mesmo e vem uma ideia de outro mundo na minha cabeça. Mas o que eu, a Linda Sofia, posso fazer se sou uma mulher de muitos pensamentos e ideias? Ah, pois eu acho que eles deveriam é valorizar isso!
RD: Lá vem - Após me analisar por alguns segundos, ele fala com a voz rouca, quase me fazendo murmurar manhosa no seu colo como uma gatinha de rua: faminta, carente e sem um dono. Eu prendo o riso, o encarando com os olhos focados em seu rosto, indo até os seus olhos. O seu carinho no meu cabelo não cessa por um segundo, e eu me encolho mais em cima do seu corpo, sentindo ele me abraçar completamente, me escondendo toda.
Sofia: Quando você vai me deixar te beijar, preto? - Bato os cílios, fingindo inocência. O Rodrigo nega com a cabeça com indignação, se calando, me olhando com a boca aberta. Eu solto uma risada alta e esganiçada pela sua expressão, escutando a sua risada baixa e rouca ressoar. Bato no meu peito, tentando buscar ar, porque com essa expressão dele eu perdi. Puxo o ar.- Desculpa, se eu não der em cima de você toda vez que te vejo, meu preto, não sou eu.
RD: Você namora o Talibã.- Aponta com a cabeça para a direção do corredor onde ele foi. Reviro os olhos, fazendo um bico, quase me afundando nele e fingindo que eu nunca existi. Fui um surto coletivo, um lindo fruto da imaginação de todos. Rodrigo estreia o olhar em cima de mim, estranhando.- Qual foi?
Sofia: Eu não namoro ele.- Rodrigo tomba o rosto para o lado, semicerrando os olhos. Eu faço careta, brincando com a ponta do meu cacho quando ele estala a língua no céu da boca. RD faz isso toda vez que alguém está mentindo ou contrariando ele.- É verdade! Acredita em mim.
RD: Então ele que te namora, pretinha - Fala como se fosse o óbvio para todos. Arqueio as sobrancelhas e o Rodrigo só me olha rindo, aquele típico olhar de quem sabe a verdade de tudo e não precisa expor em palavras, só em uma expressão filha da puta.- Pô, então avisa o meu garotão pra ele parar de namorar sozinho. Tá feio já. Iludido pra caralho.
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Santo Forte.
Non-FictionO desejo tá explícito nos meus olhos e a cada toque meu sobre teu corpo que arrepia, cada fala que treme, cada respiração descompassada que você tem perto de mim, você implora pra que isso seja apenas uma noite, assim como eu. Até ver que seus olhos...