capítulo setenta e um

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“— O que temos, além de esperança?”⤬ N E G A N, The walking dead: dead city

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“— O que temos, além de esperança?”
N E G A N, The walking dead: dead city

Os seus braços grandes e largos cobrem a minha cintura toda, como um abraço de urso que sempre me derrete completamente toda vez que eu preciso dele. Sorrio largamente, me aninhando sobre o seu peito, sentindo os seus dedos se movendo devagarinho no meu coro cabeludo sensível. Um carinho familiar e constante, acolhedor, é tão Rodrigo que eu nem sei explicar a imensidão disso. Além de me amar e me incluir como pode no dia a dia dele, ele me alimenta, me dá carinho, menos um beijo…

Sofia: Drigo? - Falo calmamente o apelido, o deixando muito escaldado. Rodrigo ergue o rosto na minha direção, parando em mim o seu olhar totalmente desconfiado por eu usar o seu antigo apelido. Pior que eu acho muito engraçado esse jeitinho dele de não saber o que esperar de mim, mas sabe que boa coisa não é. Principalmente quando eu tô muito na minha, quietinha mesmo e vem uma ideia de outro mundo na minha cabeça. Mas o que eu, a Linda Sofia, posso fazer se sou uma mulher de muitos pensamentos e ideias? Ah, pois eu acho que eles deveriam é valorizar isso!

RD: Lá vem - Após me analisar por alguns segundos, ele fala com a voz rouca, quase me fazendo murmurar manhosa no seu colo como uma gatinha de rua: faminta, carente e sem um dono. Eu prendo o riso, o encarando com os olhos focados em seu rosto, indo até os seus olhos. O seu carinho no meu cabelo não cessa por um segundo, e eu me encolho mais em cima do seu corpo, sentindo ele me abraçar completamente, me escondendo toda. 

Sofia: Quando você vai me deixar te beijar, preto? - Bato os cílios, fingindo inocência. O Rodrigo nega com a cabeça com indignação, se calando, me olhando com a boca aberta. Eu solto uma risada alta e esganiçada pela sua expressão, escutando a sua risada baixa e rouca ressoar. Bato no meu peito, tentando buscar ar, porque com essa expressão dele eu perdi. Puxo o ar.- Desculpa, se eu não der em cima de você toda vez que te vejo, meu preto, não sou eu.

RD: Você namora o Talibã.- Aponta com a cabeça para a direção do corredor onde ele foi. Reviro os olhos, fazendo um bico, quase me afundando nele e fingindo que eu nunca existi. Fui um surto coletivo, um lindo fruto da imaginação de todos. Rodrigo estreia o olhar em cima de mim, estranhando.- Qual foi?

Sofia: Eu não namoro ele.- Rodrigo tomba o rosto para o lado, semicerrando os olhos. Eu faço careta, brincando com a ponta do meu cacho quando ele estala a língua no céu da boca. RD faz isso toda vez que alguém está mentindo ou contrariando ele.- É verdade! Acredita em mim.

RD: Então ele que te namora, pretinha - Fala como se fosse o óbvio para todos. Arqueio as sobrancelhas e o Rodrigo só me olha rindo, aquele típico olhar de quem sabe a verdade de tudo e não precisa expor em palavras, só em uma expressão filha da puta.- Pô, então avisa o meu garotão pra ele parar de namorar sozinho. Tá feio já. Iludido pra caralho.

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