- rainha da França

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Vossa Majestade! Com todo o respeito, mas foi por sua culpa que a França vai entrar em guerra, por ter decidido fazer esse maldito acordo com o reino da Escócia! — vociferou um dos conselheiros, sua voz ecoando pela sala, enquanto os demais trocavam olhares tensos.

Adrien, com os olhos flamejando de raiva, sentiu o instinto de pegar sua espada. A verdade é que ele sabia que a culpa era sua. Não havia previsto que a aliança com a Escócia traria conflito com outras nações. O peso de sua decisão o sufocava, e a vergonha misturada com fúria borbulhava dentro de si.

Ele começou a levantar, as mãos indo em direção ao cabo da espada, quando Marinette, ao seu lado, o segurou pelo ombro, sussurrando calmamente: 

— Adrien, não faça isso.

Sentindo o toque suave dela, Adrien hesitou, mas o conselheiro não parava de falar.

— Como se atreve! — Marinette interrompeu o conselheiro com uma voz firme e autoritária, sua presença dominando a sala. Todos os olhares se voltaram para ela, surpresa e admiração tomando conta dos rostos dos outros conselheiros. — Eu não permito que insultem o rei dessa maneira. Ele é o líder desta nação, e vocês devem mostrar respeito.

O conselheiro, visivelmente desconcertado, tentou reagir, cruzando os braços com arrogância. 

— Com todo o respeito, futura rainha ou não, você não tem autoridade para me mandar calar a boca! Quem governa aqui são os conselheiros e o rei, não a noiva do rei.

Marinette deu um passo à frente, sem hesitar, seu olhar perfurante. 

— Quem governa aqui é o rei. E como futura rainha, minha voz tem tanto peso quanto a dele. Se você acha que pode continuar insultando e desrespeitando a autoridade real, então talvez precise rever sua posição. Porque, pelo que estou vendo, está apenas se ridicularizando diante de todos.

O conselheiro ficou paralisado, o rosto enrubescendo com a humilhação. Os outros conselheiros evitaram o olhar dele, claramente cientes de que Marinette o colocaria em seu lugar. Uma risada discreta ecoou de um dos cantos da sala, e o conselheiro tentou se recompor, mas era evidente que sua autoridade tinha sido minada.

— Alguém mais tem algo a dizer? — Marinette perguntou, desafiando os presentes com o olhar, enquanto o silêncio constrangedor reinava na sala. — Caso contrário, sugiro que retomemos a discussão de forma digna e com o respeito que o rei merece.

Adrien, observando tudo, sentiu um orgulho intenso e inesperado. Marinette não apenas o defendia, mas comandava a sala com uma confiança inabalável. Sem dúvida, ela seria uma rainha poderosa e respeitada.

— Majestade... pela situação, acredito que a guerra vai exigir mais cavaleiros e, pior, sua presença no campo de batalha. — O conselheiro mais velho falou, a voz grave cortando o silêncio da sala.

Adrien, que já estava irritado, sentiu o peso da responsabilidade cair sobre seus ombros. Seus olhos escureceram, e ele passou a mão pelos cabelos loiros, tentando processar a informação. A ideia de ir para a guerra não era algo que ele tinha previsto, muito menos desejado.

— Eu não posso deixar o reino agora... — murmurou Adrien, com a voz carregada de angústia, enquanto olhava para Marinette, que permaneceu ao seu lado. — Acabei de assumir o trono, a França precisa de estabilidade, e não de um rei ausente em guerras que nem deveriam ser nossas!

— Eu entendo sua posição, Majestade — insistiu o conselheiro, visivelmente apreensivo. — Mas, com a aliança firmada com a Escócia, agora estamos diretamente envolvidos no conflito. Não comparecer pode ser visto como fraqueza pelos outros reinos, ou até traição pelos nossos aliados.

A Secretária Do Rei Tirano Onde histórias criam vida. Descubra agora