- estresse

60 4 5
                                    

Duas horas se passaram, e Marinette começou a sentir a angústia crescer em seu peito com a demora de Adrien. O jantar que prepararam com tanto cuidado ainda estava intocado, e as velas, que antes dançavam com a brisa suave, agora começavam a vacilar à medida que o vento aumentava.

O céu estrelado, que antes brilhava com promessas de uma noite perfeita, agora estava coberto por nuvens densas e escuras, prenunciando uma tempestade iminente.

— Ai, meu Deus... — murmurou Marinette, sentindo uma leve pontada de preocupação enquanto sua mão instintivamente tocava o coração. Ela tentou manter a calma, mas o nervosismo começou a tomar conta.

A noite, que deveria ser uma celebração de amor e alegria, estava se transformando em um cenário de incerteza. Marinette olhou ao redor, vendo as criadas começarem a recolher alguns itens por medo de que a chuva estragasse tudo.

— Será que algo aconteceu? — ela se perguntou em silêncio, sentindo seu coração acelerar. A possibilidade de algo ter atrasado Adrien, ou pior, causou um aperto no peito.

Ela fechou os olhos por um momento, tentando se concentrar na respiração, lembrando-se da necessidade de se manter calma por causa do bebê. Mas a ansiedade e a expectativa tornavam cada minuto uma eternidade.

As primeiras gotas de chuva começaram a cair, uma a uma, e Marinette soube que precisava tomar uma decisão.

— Vamos levar tudo para dentro — disse com firmeza para as criadas. — Ele não deve demorar mais.

Mas, por dentro, ela rezava para que Adrien chegasse antes que a tempestade de fora e a tempestade em seu coração piorassem.

A chuva começou a engrossar, cada gota pesada caindo com força sobre o solo, enquanto Marinette esperava ansiosamente na frente do castelo. Suas mãos tremiam de frio e nervosismo, seus olhos fixos na estrada vazia, na esperança de ver a carruagem de Adrien aparecer a qualquer momento.

O vento chicoteava seus cabelos e encharcava suas roupas, mas ela não se importava. A cada segundo que passava, sua angústia aumentava. O céu, antes limpo e estrelado, agora estava tomado por relâmpagos e nuvens escuras, criando uma atmosfera de tensão e medo.

— Calma, amiga. — Alya segurou a mão de Marinette, tentando confortá-la, mas mesmo a presença da amiga não conseguia acalmar o tumulto em seu coração.

— E se algo aconteceu com ele? — Marinette sussurrou, sua voz embargada pela preocupação.

— Ele vai voltar, Marinette, não se preocupe — Alya respondeu, tentando soar confiante, mas até ela começava a sentir a preocupação crescer.

De repente, o som trovejante de um trovão ecoou no céu, e Marinette não pôde mais suportar a incerteza. Sentindo um nó na garganta, ela se virou para os guardas reais que estavam próximos, protegidos pela cobertura do castelo.

— VÃO! — sua voz saiu firme, mas carregada de desespero. — Vão atrás do rei, agora! Não quero mais esperar!

Os guardas, surpresos pela intensidade de sua ordem, imediatamente se apressaram para montar seus cavalos, prontificando-se a partir para enfrentar a tempestade e encontrar o rei.

Marinette continuava na entrada, seus olhos fixos no horizonte encoberto pela chuva. O coração dela batia descontrolado no peito, e tudo o que ela podia fazer era orar para que Adrien estivesse bem e voltasse para casa em segurança.

Horas se passaram, e a tempestade continuava implacável. A chuva castigava o chão, formando poças de lama, enquanto o vento uivava em torno das torres do castelo. O céu permanecia pesado, sem indício de que o dilúvio diminuiria tão cedo. Marinette, molhada e exausta, não conseguia desviar os olhos da estrada, esperando, a cada segundo, que a carruagem de Adrien surgisse ao longe.

A Secretária Do Rei Tirano Onde histórias criam vida. Descubra agora