- adeus

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Marinette não conseguia aceitar a realidade que se desdobrava diante dela. A dor era insuportável, uma sensação esmagadora que ameaçava engoli-la por completo. Ela lutava contra o desespero, tentando acordar desse pesadelo cruel, mas a realidade cruel se impunha a cada instante.

Com os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar, Marinette avançou para o centro da festa, sua mente um turbilhão de angústia e negação. Com uma força descontrolada, ela arrancou as cortinas que enfeitavam o ambiente, sua raiva e desespero se manifestando em cada movimento. O tecido rasgava e caía ao chão em um amontoado desordenado.

Ela se atirou contra a parede, as lágrimas ainda rolando sem parar, a garganta seca e sua respiração ofegante. Com um grito estrondoso que parecia carregar todo o peso da dor que sentia, Marinette liberou um lamento desesperado.

—AAAAAAAAAAH! — O som ecoou pelo salão, uma expressão pura de perda e tristeza. O grito era um clamor brutal, um pedido desesperado para que a realidade se desfez, um desejo de que Adrien retornasse e que o sofrimento fosse apenas um pesadelo. A dor era tão palpável que parecia quase uma entidade própria, envolta nela e transformando sua luta interna em uma batalha externa.

Alya, ao ver a cena angustiante de Marinette, e Chloé correram para abraçá-la com força. As três se sentaram no chão, envoltas em um abraço apertado e desesperado.

— Me diga que ele não morreu… por favor, me diga! — Marinette implorou, sua voz repleta de desespero e dor.

— Sinto muito, Marinette... — Alya chorou, sua voz embargada pela tristeza.

Chloé, com lágrimas escorrendo pelo rosto, tentou consolar a amiga, mas as palavras pareciam insuficientes diante da imensidão da dor. O lamento e o desespero de Marinette se misturavam com os de suas amigas, criando um momento de profunda tristeza e solidariedade.

— Eu… eu quero ver ele… — Marinette implorou, a voz embargada pela dor. — Deixa-me ver meu marido… Ele está aqui… eu preciso dele!

Ela se afastou das amigas e começou a procurar freneticamente entre os soldados e os pertences, desesperada para encontrar qualquer sinal de Adrien. Cada rosto que passava diante dela parecia uma nova esperança, mas a realidade cruel permanecia.

Alyas e Chloé tentaram segurar Marinette, mas ela se sacudia, sua luta contra a aceitação tornando-se cada vez mais intensa. O desespero e o luto se misturavam em um turbilhão de emoções.

— Marinette, por favor, — Alya implorou, com lágrimas escorrendo pela face. — Precisamos aceitar o que aconteceu. Não podemos mudar isso.

Marinette, com a voz quebrada e cheia de dor, continuou a chamar o nome de Adrien, sua angústia reverberando pelo castelo. O luto tomou conta do ambiente, e a festa, que deveria ser um momento de celebração, se transformou em um cenário de profunda tristeza e perda.

Os amigos ao redor dela tentavam confortar, mas a dor era tão imensa que parecia consumir tudo à sua volta. O luto de Marinette era palpável, e o peso da perda de Adrien parecia insuportável, um vazio que ninguém poderia preencher.

Na manhã seguinte, Marinette foi obrigada a vestir roupas de luto, um pesado vestido preto que parecia refletir sua dor. Cada peça de vestuário parecia pesar ainda mais sobre seus ombros, lembrando-a constantemente da perda devastadora. O luto e a tristeza a envolviam como um manto escuro e implacável.

Enquanto se preparava, as memórias de Adrien, sacrificando-se para salvar o povo, invadiam sua mente. Cada pensamento sobre ele causava uma dor profunda, e ela se via chorando incessantemente, seu coração partido pela perda do homem que amava. O peso da responsabilidade e da dor eram quase insuportáveis, e Marinette lutava para encontrar alguma forma de paz em meio ao caos emocional.

A Secretária Do Rei Tirano Onde histórias criam vida. Descubra agora