- vingança

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Na França, a manhã clareava suavemente enquanto Marinette, mergulhada no luto pela morte de Adrien, lutava para sair da cama e enfrentar as suas obrigações. O peso da perda tornava cada movimento um esforço doloroso.

Sua mãe, Sabine, estava ao seu lado, aplicando um creme nas feridas antigas de Marinette, uma tentativa de proporcionar algum alívio físico. Mas nenhuma dor comparava à tristeza que preenchia seu coração.

— Bom dia, majestade — Liam fez uma reverência respeitosa ao ver Marinette sair do quarto, usando um vestido preto que parecia refletir o pesar de seu coração.

Marinette forçou um sorriso triste, um reflexo de sua luta para manter alguma normalidade enquanto lidava com o peso da dor e da perda. Ela sabia que precisava seguir em frente, mas cada passo era um lembrete doloroso de que Adrien não estava mais ao seu lado.

— Não quero comer... Vou ficar no escritório — disse Marinette com firmeza, enquanto quatro guardas reais a acompanhavam.

Liam, preocupado, tentou insistir:

— Majestade, é necessário comer! A senhora não tocou na comida há duas semanas.

Marinette, sem desviar o olhar do caminho à frente, ignorou a preocupação de Liam e continuou seu percurso, seus passos pesados e decididos. 

Enquanto Marinette se sentava em sua cadeira, seus olhos começaram a se perder na lembrança do momento mais doce que compartilhará com Adrien. Ela se viu revivendo a cena em que estavam escondidos atrás da cortina, os sorrisos trocados e o beijo suave que selou seu amor.

O calor daquele momento contrastava profundamente com o frio que ela sentia agora. A lembrança trouxe uma onda de dor intensa, misturada com uma profunda saudade. Marinette fechou os olhos, tentando se ancorar a essas memórias felizes, mesmo que cada pensamento de Adrien só parecesse aumentar o peso de sua perda.

Ela se imaginou novamente naquele instante, a sensação da presença de Adrien, a suavidade de seus lábios, e a segurança de seus braços ao seu redor. Essas lembranças eram a única coisa que a fazia sentir-se mais viva, apesar da dor que a consumia.

— Majestade, com a queda após a guerra, perdemos muitas finanças e nossos aliados estão ameaçando desistir do nosso reino — informou um dos conselheiros com uma expressão grave.

Marinette ergueu a cabeça, seus olhos queimando com uma fúria contida. 

— E por que estão fazendo isso? Qual é a justificativa?

O conselheiro hesitou um momento antes de revelar a verdade. 

— Eles alegam que a França está em declínio sob o governo de uma mulher. Muitos acreditam que um reino não pode prosperar sob o comando de uma rainha.

A raiva de Marinette explodiu. 

— Isso é absurdo! Eles estão subestimando minha capacidade e ignorando todo o esforço que estou fazendo para manter o reino mais unido! Eles acham que uma mulher não pode governar? Então que eles vejam do que sou capaz! — exclamou, a voz cheia de determinação e frustração. Ela estava decidida a mostrar que sua liderança era tão firme e eficaz quanto a de qualquer rei.

Marinette caminhou com passos firmes até a mesa do conselheiro, seus olhos brilhando com uma mistura de fúria e resolução.

— Se eles acham que a França é fraca sob meu comando, estão muito enganados. Não vou permitir que esses aliados duvidem de nossa força e nossa união. Vou mostrar a eles que somos mais fortes do que nunca!

Os conselheiros trocaram olhares nervosos, não sabendo como reagir à determinação inabalável da rainha.

— O que planeja fazer, Majestade? — perguntou um deles cautelosamente.

A Secretária Do Rei Tirano Onde histórias criam vida. Descubra agora