𝟎𝟗 - 𝟎𝟐/𝟎𝟓

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Tamlin me chamou para seu escritório na manhã seguinte, e eu estava dominada por uma ansiedade quase insuportável

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Tamlin me chamou para seu escritório na manhã seguinte, e eu estava dominada por uma ansiedade quase insuportável.

No dia anterior, eu o desafiei e ajudei uma espectro que ele havia tratado com desdém.

Embora eu me sentisse estranha por ter experimentado um certo alívio e satisfação ao ajudar alguém e me defender, essa sensação parecia insignificante diante do medo que me consumia.

Ainda assim, naquele momento, essas ações pareciam pequenas em comparação com o medo que me consumia.

Fui despertada de um sono inquieto por um pesadelo recorrente e mal consegui descansar naquele quarto abafado.

O ar parecia faltar, e eu temia que meus pulmões desmoronassem a qualquer instante. Passei a maior parte da noite e da manhã na varanda.

Após o ocorrido no Dízimo, ir ao Porto tornou-se um grande perigo.

Tamlin reforçou a minha segurança, agora com o objetivo de evitar ações precipitadas.

Eu me sentia como uma prisioneira, obrigada a obedecer às regras impostas.

Os corredores estavam quase em completo silêncio, com o único som sendo minha respiração ofegante, que parecia ressoar nos meus ouvidos.

Ao parar diante da porta meticulosamente esculpida e polida, tentei relaxar o pescoço para aliviar o nervosismo que quase me paralisava.

Sentia-me fraca e insignificante, exatamente como todos pensavam que eu era.

Antes, acreditava que poderia ser mais, mas agora me via como alguém frágil, incapaz até de bater na porta de forma adequada.

A vergonha era esmagadora.

Levantei a mão para bater, mas uma voz interrompeu: "Entre".

A voz de Tamlin carregava uma mistura de decepção e raiva contida.

Fechei os olhos, temendo o que estava por vir.

Ao abrir a porta, encontrei-me frente ao Grão-Senhor da Primaveril.

Seus cotovelos estavam apoiados na mesa, com os braços cruzados, e seu corpo parecia tenso. O que mais me inquietava, no entanto, eram seus olhos, que transmitiam uma intensidade que me fazia questionar suas intenções.

"Feche a porta," ele ordenou, inclinando o queixo na minha direção.

Eu obedeci e fechei a porta.

Tamlin então fez um gesto com o queixo para uma das cadeiras à sua frente. Sentei-me, tentando manter a calma.

"Sobre o que você queria me ver?" Perguntei, esforçando-me para parecer tranquila.

"Você sabe o que foi," Tamlin respondeu, com um tom carregado de ameaça.

Ele ergueu o queixo, um gesto claro de que tentava me intimidar.

"Você deu àquela espectro da água suas jóias. Jóias que eu dei a você."

"As jóias que você me deu foram compradas com o dinheiro que você tira dos pobres?" Eu estava assumindo um risco considerável e agindo de forma imprudente com o que acabara de dizer.

O rosnado de Tamlin era quase palpável, e eu tinha certeza de que, se ele pudesse mostrar suas mãos, começaria a ver o brilho das garras surgindo.

"Diga isso novamente," ele exigiu.

Eu engoli em seco, tentando suavizar o tom para amenizar a tensão que rapidamente se intensificava.

"Por que eu não deveria tê-las dado a ela?" Olhei ao redor da sala, observando os detalhes dourados nas paredes, as prateleiras repletas de objetos caros e os móveis luxuosos. "Esta casa está cheia de coisas que nenhum de nós realmente precisa. Será que faz diferença se eu ajudar alguém com algumas jóias que provavelmente não usaria de novo?"

"Porque você menospreza as leis desta corte quando se comporta dessa forma. Porque é assim que as coisas são feitas aqui, e quando entrega àquela feérica avarenta o dinheiro de que precisa, faz com que eu, faz com que a corte inteira pareça fraca."

"Fraca?" Meu temperamento, que estava crescendo, finalmente explodiu. "Aquela fae e suas irmãs estavam morrendo de fome, Grão-Senhor. Você não faz ideia do que era para minhas irmãs e eu estarmos à beira da pobreza, sem saber quando viria nossa próxima refeição. Nós também estávamos morrendo de fome."

Levantei-me, apontando um dedo acusador para ele.

"Não finja que sabe algo sobre isso. Você vive no luxo enquanto outros sofrem. E, aparentemente, serei punida se ajudar uma fae a conseguir o dinheiro que precisa?"

Tamlin também se levantou da cadeira, apoiando os braços sobre a mesa e mostrando os dentes em um gesto de raiva.

"Como você ousa falar comigo dessa maneira!"

"Eu não sou sua súdita." Só então percebi que essas palavras soavam semelhantes às de Rhysand, e o quão verdadeiras elas eram.

"Para começar, eu nem queria estar aqui! Eu não sou uma cidadã da Corte Primaveril; por favor, pare de me tratar como se eu fosse um animal de estimação que você pode comandar à vontade!" Minha raiva era avassaladora, uma fúria pura que parecia transcender qualquer descrição.

Era quase como se faíscas estivessem surgindo em meus dedos quando comecei a gritar novamente: "Você me mantém aprisionada em sua casa, como se fosse uma prisioneira. Feyre está perto - você quer saber por que eu não desejo que vocês fiquem juntos? É porque você nos esmaga. Você tira todo o ar dos nossos pulmões, Tamlin."

Minhas palavras estavam carregadas de raiva e, ao mesmo tempo, de um desespero palpável.

"É como se eu estivesse me afogando... E você vai forçar Feyre a entrar na água da mesma forma que fez comigo."

A respiração de Tamlin estava descontrolada, com seu peito subindo e descendo rapidamente, mas não havia nada em seus olhos, em seu rosto.

Então... Eu gritei, enquanto o instinto tomava conta e o poder se espalhava pela sala.

As janelas se quebraram.

A mobília se partiu.

E uma caixa de tintas, pincéis e papel que estava ali... Explodiu em poeira, vidro e pedaços de madeira.

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