𝟎𝟏

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Amarantha me suspendeu no ar com suas correntes de sombras, deixando-me impotente enquanto observava minha irmãzinha

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Amarantha me suspendeu no ar com suas correntes de sombras, deixando-me impotente enquanto observava minha irmãzinha.

O sangue escorria de sua boca, e o som cru de suas costelas se partindo era uma sinfonia de dor que eu não podia ignorar.

Amarantha parecia saborear cada momento, sua crueldade evidente na forma como aguardava o momento em que a vida de minha irmã chegaria ao fim, apenas para me torturar a seguir.

Feyre tentou murmurar algo, mas suas palavras mal saíram de seus lábios, inaudíveis para todos, exceto para a rainha maligna.

A fúria se estampou no rosto de Amarantha, e um pulso de magia correu pela multidão, trazendo à tona cabeças curiosas e assustadas.

Eu gritei com a visão de um estalo ensurdecedor e o corpo de Feyre desmoronando nas sombras da fumaça, como um brinquedo descartado.

Ela caiu ao chão em um emaranhado grotesco, e eu sentia cada soluço rasgar meu peito, como se meu próprio coração estivesse sendo despedaçado.

O olhar de Amarantha se voltou para mim, e ela ergueu as mãos, preparando o golpe final.

Uma dor aguda e penetrante atingiu meu lado, e o sorriso dela era uma máscara aterrorizante de triunfo. Seus olhos brilhavam com um prazer sádico enquanto ela se preparava para me destruir.

Meu olhar buscou um refúgio na multidão, encontrando um par de olhos violetas entre os homens da Corte Outonal que seguravam o Lorde Supremo da Corte Noturna.

Ele estava fixado em mim, sua fúria visível em cada expressão, e seu grito era um eco desesperado que não chegava até mim.

Suas tentativas de se libertar eram inúteis.

"Não há ninguém para salvá-la agora, Danika," a voz de Amarantha ecoou com um desdém cruel, e a escuridão me engoliu, levando-me para sempre.

. . .

Acordei com um sobressalto, o suor frio escorrendo pela minha testa.

A penumbra do quarto transformava o ambiente em uma cela opressiva, a escuridão parecia viva e sufocante.

Levantei-me da cama com urgência, arrastando-me até as janelas da varanda, onde o ar fresco parecia uma promessa de alívio.

Forçava-me a engolir a náusea que ameaçava me dominar. Eu não permitiria que um pesadelo me aprisionasse mais do que já estava.

A brisa fria trouxe um breve consolo, preenchendo meus pulmões e me afastando da angústia. Meu coração batia descompassado, lembrando-me constantemente de que não era mais uma criatura mortal.

Estava condenada a uma existência imortal marcada pela miséria, um tormento sem fim.

Três meses.

Três meses de prisão na Corte Primaveril, onde cada passo era restrito, como se eu estivesse enclausurada em um cárcere invisível.

𝑨 𝑪𝑶𝑼𝑹𝑻 𝑶𝑭 𝑳𝑶𝑽𝑬 𝑨𝑵𝑫 𝑾𝑹𝑨𝑻𝑯Onde histórias criam vida. Descubra agora