[Livro dois da série Starlight]
Aviso: Este livro abordará temas que podem ser sensíveis para alguns leitores.
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Danika Archeron emergiu das profundezas do próprio inferno.
Agora, obrigada a retornar à Corte Primaveril após...
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Meu quarto era grande e arejado, semelhante ao corredor em que eu estava antes.
A cama estava adornada com lençóis de seda preta salpicados com pequenos pontos brancos que pareciam estrelas.
O vestido que eu usava estava se tornando cada vez mais irritante.
Desde o momento em que fui forçada a vesti-lo, o tecido me incomodava. Com o passar das horas, tornou-se tão áspero que, se tivesse que suportá-lo por mais um instante, eu simplesmente o teria rasgado.
No lado do quarto, havia uma cômoda branca como a lua, que me chamou a atenção.
O piso de mármore, com seu brilho refletindo o céu, parecia quase mágico.
Fui até a cômoda e abri a gaveta de cima, encontrando-a cheia de roupas empilhadas até o topo. Ao tocar uma das camisas, fiquei surpresa com sua maciez.
Não perdi tempo puxando-a para fora junto com uma calça que achei adequada.
Arranquei o vestido do corpo como se fosse uma monstruosidade, troquei a roupa de baixo e vesti as novas peças.
Fiquei aliviada ao ver que elas se ajustaram quase perfeitamente.
Olhei para a cama com saudade.
O dia havia sido longo e cansativo, e eu sentia que os eventos ainda não haviam sido completamente processados em minha mente.
Perguntei-me se Feyre teria seguido com o casamento se Tamlin tivesse revelado o que havia feito comigo.
Eu duvidava muito disso.
Suspirei e me aproximei da cama com lençóis de seda.
Puxei as cobertas leves e me arrastei para dentro, usando os lençóis como uma barreira contra a realidade.
Apesar dos resquícios de sol lá fora, meu corpo estava exausto, e em poucos segundos, caí em um sono profundo.
. . .
Senti um aperto no peito enquanto observava as montanhas cobertas de neve.
Acordei de mais um pesadelo, que, como de costume, terminou de maneira familiar.
Era o mesmo sonho recorrente, com apenas pequenas variações, detalhes sutis que pareciam alterar pouco a experiência.
Não havia varanda no quarto, então, após alguns minutos de dificuldade para respirar, finalmente encontrei a janela.
Quando meu coração começou a desacelerar, percebi que a brisa era diferente aqui.
Era mais clara, como se não estivesse obscurecida por preocupações.
Sentia-me mais centrada.
Estava na janela há pelo menos uma hora quando, de repente, recuei ao sentir aquele puxão no peito, um sinal inconfundível de Rhysand me convocando.