𝟎𝟖 - 𝟎𝟏/𝟎𝟓

275 62 4
                                    

As extremidades da mansão permaneciam em silêncio

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

As extremidades da mansão permaneciam em silêncio. Uma barreira mágica envolvia o lugar, abafando qualquer som externo.

Subi os degraus brancos que levavam à entrada principal, meus sapatos mal fazendo ruído contra o piso.

Ao olhar para mim mesma, percebi que ainda vestia as roupas da corte noturna.

Um desconforto súbito tomou conta de mim.

Enquanto caminhava pelos corredores silenciosos, alguns servos passaram rapidamente, lançando olhares de desconfiança, como se não soubessem ao certo se eu deveria estar ali.

Eu precisava encontrar Tamlin.

Ele precisava saber que eu havia retornado.

Virei à esquerda e entrei em um corredor repleto de portas, cada uma levando a quartos que pareciam apertados.

Vozes abafadas vinham da última porta, e comecei a caminhar em sua direção.

Reconheci a voz de Tamlin, mesmo que suas palavras fossem indistintas atrás da parede.

Parei diante da porta, respirando fundo antes de bater suavemente.

As conversas cessaram quase que instantaneamente, seguidas por sussurros até que alguém me chamou para entrar.

Girei a maçaneta e abri a porta lentamente, enquanto meu nervosismo crescia.

O primeiro detalhe que notei foram três pares de olhos fixos em mim: um azul-gelo, outro verde e o último ruivo.

Lanthe, Tamlin e Lucien.

Perfeito.

Lanthe foi a primeira a se levantar, vindo me abraçar com força.

Forcei um sorriso enquanto retribuía o gesto.

"Estou tão feliz que você voltou. Temos tanto a fazer", disse ela, afastando-se com um semblante calmo e controlado.

Desviei o olhar para os dois homens, que ainda me observavam em silêncio.

Lanthe, percebendo a tensão no ar, deu um passo para trás.

"Vou deixar vocês conversarem em particular", disse ela, fazendo uma pequena reverência que destacou a joia em sua testa.

Lucien também se levantou.

"Vou sair também!", anunciou, caminhando em direção à porta.

Tentei lhe lançar um olhar que o fizesse ficar, mas ele não percebeu.

Ao passar por mim, ele tocou meu ombro.

"Bom te ver de volta, Dani." Ele saiu, fechando a porta atrás de si.

Tamlin cruzou os braços, seu olhar avaliando-me de cima a baixo, como se estivesse analisando cada detalhe do meu estado.

"Você voltou", disse, constatando o óbvio. Balancei a cabeça, mas ele continuou: "E ainda assim, parece que não está aqui."

𝑨 𝑪𝑶𝑼𝑹𝑻 𝑶𝑭 𝑳𝑶𝑽𝑬 𝑨𝑵𝑫 𝑾𝑹𝑨𝑻𝑯Onde histórias criam vida. Descubra agora