𝟎𝟕

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Sinto falta dos Wyverns

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Sinto falta dos Wyverns.

Eu não tinha ideia de como eles me ajudavam a lidar com a inquietação noturna, nem percebi o quanto era complicado encontrar o sono sem esgotar minhas energias de alguma forma.

Voar pelos céus da meia-noite e correr pelo refúgio eram as únicas coisas que traziam alguma luz aos meus dias na Corte Primaveril.

A Corte Noturna era uma força imponente, mas, aqui, me faltavam maneiras de ocupar as longas noites solitárias.

Eu já tinha passado um longo tempo relaxando em uma pequena piscina, que eles chamavam de banheira, até que minhas mãos ficassem enrugadas como pergaminhos antigos; jamais imaginei que fosse possível se encantar tanto por uma banheira, mas aqui estamos.

. . .

Vaguei pelo palácio por um tempo, tentando explorar sem ser notada.

Não tinha certeza se tinha permissão para andar por ali, mas era divertido. Não percebi o quanto sentia falta da aventura e da adrenalina. Era quase revigorante, como um mergulho em água fria.

Acabei em uma ampla varanda com uma vista deslumbrante da paisagem. A noite estava fria e meu pijama leve não oferecia proteção suficiente. No entanto, gostei do frio, de como ele arrepiava minha pele e agilizava meus sentidos.

Tudo era diferente agora como Grã-Feérica, especialmente meu corpo.

Levei semanas para me ajustar às novas habilidades, tropeçando e caindo em praticamente tudo. No início, sofria com enxaquecas constantes devido à audição aguçada; o som dos criados andando pelo chão duro quase me enlouquecia.

Com o tempo, fui me adaptando.

Mas, entre todas as mudanças, a que mais adorei foi a sensibilidade ao clima.

A forma como eu podia sentir o cheiro do orvalho antes mesmo da chuva começar, e como o som das pequenas gotas caindo no chão era tão claro.

Quando um raio atingia o solo e carregava o ar com energia, eu quase podia sentir a vibração na pele, e o trovão ressoava com tanta força que parecia vibrar em todo o meu ser.

Essa era, de longe, a melhor parte.

Naquele momento, percebi um leve aroma de tempestade se formando nas montanhas.

Apesar de Rhysand me incomodar, eu adorava a Corte Noturna.

As paisagens eram deslumbrantes, o clima variava e não se restringia a uma única estação eternamente.

Mesmo sob o céu noturno, eu fiquei maravilhada.

As estrelas brilhavam intensamente, quase etéreas, a ponto de me fazer questionar se eu não estava realmente no céu.

Mas esses pensamentos eram ilusórios, apenas sonhos passageiros em meio à realidade.

Eu não sabia quanto tempo o acordo entre Rhysand e eu duraria, nem se Tamlin permitiria que continuasse.

𝑨 𝑪𝑶𝑼𝑹𝑻 𝑶𝑭 𝑳𝑶𝑽𝑬 𝑨𝑵𝑫 𝑾𝑹𝑨𝑻𝑯Onde histórias criam vida. Descubra agora