𝟏𝟓

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Rhysand me guiou de volta ao quarto, e eu me esforcei para não sucumbir ao embaraço que me assolava, mas foi inútil

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Rhysand me guiou de volta ao quarto, e eu me esforcei para não sucumbir ao embaraço que me assolava, mas foi inútil.

Odiava me ver tão exposta dessa maneira.

Mesmo quando quase tropecei ao chegar à porta, percebi o brilho de diversão contido em seus olhos.

Tropecei tantas vezes a caminho da cômoda que perdi a conta, mas finalmente consegui pegar algumas roupas confortáveis.

Em seguida, me tranquei no banheiro. Sabia que demoraria mais do que dez minutos ali, mas, para ser honesta, não me importava.

Ele podia muito bem esperar.

A água quente trouxe um alívio bem-vindo para a dor que ainda dominava meus membros.

Embora não tenha eliminado tudo, ao menos agora eu conseguia me mover sem que cada passo parecesse uma lâmina cortando minha pele.

Minhas emoções, por outro lado, eram um caos. Eu me sentia apenas um corpo, oco por dentro.

Por mais que tentasse mascarar, fingir que não era nada, a verdade era clara: eu estava perdida, consumida por um vazio, um buraco negro de existência.

Quando saí, Rhysand estava recostado contra um pilar de pedra, distraído enquanto mordia as unhas.

Com um sorriso de canto, ele comentou: "Você demorou vinte minutos..."

Sem energia para responder às provocações, apenas dei de ombros.

Aquela breve sensação de normalidade havia evaporado, dando lugar à amarga lembrança de quão miserável minha vida realmente era.

Rhysand estendeu a mão, e antes que eu pudesse reagir, a escuridão nos envolveu.

Porém, essa escuridão era diferente; se movia como água, leve como fumaça. Não tinha o peso sufocante da prisão em que eu estava presa, mas um medo profundo se apoderou de mim, me paralisando.

Instintivamente, me agarrei a Rhysand, como uma criança desamparada.

Dignidade? Isso eu já havia deixado para trás há muito tempo.

Em segundos, a escuridão cedeu lugar a uma luz intensa.

Pisquei repetidamente, tentando me acostumar à claridade, que parecia mais vibrante do que qualquer luz que um palácio pudesse oferecer.

Agora eu me encontrava dentro de uma casa. O hall de entrada era inconfundível.

Cambaleei para longe de Rhys, enquanto meus olhos exploravam o ambiente.

As paredes de madeira, as obras de arte cuidadosamente escolhidas e a grande escadaria de carvalho à frente emanava uma sensação acolhedora.

Atrás de nós, dois cômodos capturaram minha atenção.

À esquerda, uma sala de estar com uma lareira de mármore negro, móveis confortáveis e elegantes, embora visivelmente desgastados pelo tempo, e prateleiras repletas de livros embutidas nas paredes.

À direita, uma sala de jantar com uma longa mesa de cerejeira, grande o suficiente para acomodar dez pessoas; modesta se comparada à imensidão da sala de jantar da mansão.

No final do corredor estreito, havia mais algumas portas, e uma delas parecia levar a uma cozinha.

Era uma moradia urbana.

Quando eu era criança, minha família fez uma visita a uma casa imponente.

Meu pai levou Feyre e eu à maior residência do nosso território para questões de comércio. Contudo, aquela casa era fria, opressiva e excessivamente formal.

Esta casa, ao contrário, emanava uma energia única.

Não era apenas uma construção imponente; era um verdadeiro lar.

O toque de quem a habitou, a cuidou e a amou ao longo dos anos era palpável.

E, do lado de fora, uma cidade vibrante e agitada pulsava, aguardando.

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