Em "Saint Therese", três irmãs órfãs - a sonhadora Ayla, a talentosa Angel e a determinada Stella - vivem aprisionadas no ambiente sombrio de um orfanato. Presas entre o tédio e o desespero, elas sonham com liberdade. Quando a notícia de um casal it...
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Amber: Isso são modos?! -pergunta furiosa desligando o videogame e causando raiva da parte deles
Quem eram eles?! Puta merda
Xxx: Poxa, mãe. A gente só tava...
Mãe?
Amber: Não, sem desculpinhas. -a mulher suspira- vocês sabiam que suas irmãs chegariam hoje, por que estão assim?!
Xxx: Pela hora, achamos que só chegaria amanhã, caramba. -dizia se levantando, um moreno que possuía tatuagem em suas costas
Amber suspira e nega com a cabeça devagar.
Amber: Enfim. Venham, se apresentem, pelo menos.
Os dois viram para nós e na mesma hora, gelei. Não é possível. Mal posso acreditar no que estou vendo. Meus olhos se fixam nele, e um arrepio percorre minha espinha enquanto sinto o chão sumir sob meus pés. Congelo no lugar, sem saber como reagir. Meu coração dispara, pulsando forte nos ouvidos, e minha respiração, quase inexistente, fica presa no peito.
Ele está ali, na minha frente. O homem que eu jamais esperei reencontrar... o mesmo que me fez sentir um misto de nervosismo e fascinação no shopping. O musculoso, lindo e visivelmente irritado, sua aura dominadora e intensa ocupa todo o espaço ao redor.
Sinto meu corpo ficar tenso, os músculos travados, e, mesmo que eu quisesse, não consigo desviar o olhar daqueles olhos verdes e impiedosos que me observam com uma mistura de frustração e algo que não consigo decifrar. Ele balança a cabeça devagar, com o maxilar cerrado, como se tentasse digerir a situação. Seus olhos se estreitam em minha direção, carregados de incredulidade.
Xxx: Isso só pode ser brincadeira... —ele resmunga, a voz grave e desgostosa, cortando o silêncio desconfortável entre nós. A descrença em seu tom é quase palpável, e sua expressão se fecha ainda mais.
Eu mal consigo reagir, o choque me paralisa. Então ele dá um passo à frente, cruzando os braços sobre o peito largo e desnudo mostrando suas muitas tatuagens, e sua voz soa ainda mais fria:
— De todas as pessoas no mundo, tinha de ser você minha nova irmã?
A palavra "irmã" ressoa no ar, me atingindo como uma onda. Sinto como se o chão se abrisse sob mim, misturando confusão, desconforto e algo que eu não sei se deveria sentir. Como pode ser ele? O cara que cruzou meu caminho e me perturbou tanto por um minuto, agora parte da minha família?
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A garota permanece calada, mas não passa despercebido o desconforto em seus olhos de mel. Ela parece outra pessoa em comparação à esquentadinha de língua afiada que me enfrentou no shopping. Enquanto pisca nervosamente, percebo o quanto ela está surpresa e apreensiva. Será que ela está tão desconcertada quanto eu? Ou talvez eu tenha subestimado o poder do carma.
Minha mãe, sempre com seu calor natural, sorri ao nos apresentar formalmente às meninas. Três ao todo: duas morenas que não chamam tanto a minha atenção, e Ayla.
Amber: Matteo e Anthony, esta é Ayla Bittencourt, a nova irmã de vocês e portanto, a mais nova. —minha mãe anuncia com uma alegria quase exagerada.
Ayla me estende a mão com um cumprimento gentil, usando uma voz surpreendentemente doce e cortês. Muito diferente da garota desafiadora que encontrei naquele dia. Um aperto de mãos? Agora ela está toda educada? Ergo as sobrancelhas, cético com a mudança repentina. Está tentando fingir que o incidente nunca aconteceu? Meu olhar percorre o dela, buscando uma falha em sua fachada. Apesar da calma aparente, suas mãos estão geladas e úmidas, denunciando o nervosismo.
Mantenho sua mão na minha por um momento a mais, avaliando-a de maneira deliberadamente intimidadora. Ela mantém o olhar fixo no meu, mas é claro o esforço para não desviar. Um sorriso provocador se espalha pelo meu rosto. Os lábios dela estão contraídos, e os olhos, embora tentem disfarçar, parecem inquietos.
Eu não me contenho. Meu olhar a examina de cima a baixo, sem pressa, sem vergonha alguma. Começo pelo rosto delicado, com traços suaves emoldurados por cachos loiros escuros. Seus lábios, de um tom rosado, contrastam com a pele alva. A saia branca que ela veste destaca suas curvas, enquanto o cropped complementa a silhueta. Ela tenta parecer mais alta com seus sapatos de salto, mas não me engana. É uma combinação encantadora, quase doce demais para alguém com uma personalidade tão forte e indomável.
Antes que eu possa ir mais longe em minha avaliação, Anthony, sempre atento, toca meu ombro com firmeza, trazendo-me de volta à realidade. Solto sua mão, e os dedos de Ayla escorregam lentamente dos meus, como se hesitasse em se desvencilhar por completo.
— Então, esta é a nossa maravilhosa irmã? -pergunto com uma pitada de sarcasmo, lançando um olhar para Anthony e depois para minha mãe.
Anthony: Pelo visto, sim —responde Anthony, inclinando a cabeça levemente, como se estivesse tentando decifrar o motivo do meu comportamento. Mas seu olhar estava em outra pessoa.
Minha mãe, rápida para aliviar qualquer tensão, pergunta de forma casual:
Amber: Vocês já se viram antes?
— Incrivelmente, sim... foi um encontro breve, mas bastante intenso — digo, olhando novamente para Ayla. Ela engole em seco, visivelmente desconfortável. A tentativa de não demonstrar o quanto está envergonhada é em vão, já que suas bochechas começam a ganhar um tom rosado. Essa fraqueza a torna ainda mais interessante, e eu continuo, aproveitando o momento.— Mas, tenho que admitir, não poderíamos ter escolhido alguém melhor do que a Ayla e suas irmãs...
— Que bom que pensa assim, Matteo! -responde minha mãe com cautela.— Bem, já que vocês já se conhecem, não há muito mais a dizer. Só espero que se deem bem!
Minha mãe segue apresentando as outras irmãs para Anthony, que parece mais interessado em uma das morenas que o observa de volta. Enquanto isso, volto minha atenção para Ayla. Ela tenta ignorar minha presença, mas sei que estou mexendo com sua cabeça.
Eu sei que talvez tenha exagerado após o incidente no café, mas estava num dia péssimo, estressado por ter que resolver mais uma tarefa que Anthony empurrou para mim. Só esperava um pedido de desculpas. Não era pedir muito, certo? Quem não ficaria puto da vida ao levar um banho de café gelado? Há alguém neste mundo que conseguiria ficar tranquilo depois disso? Sinceramente, duvido muito.
Mas agora, vendo ela tão diferente, tão controlada, me pergunto: Qual Ayla é a verdadeira? E por que sinto que, de alguma forma, ainda não terminou o que começou naquele dia?
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EITA PESTE HAHAHAYAYY GOSTARAM? SIM? NÃO? CURTE DE TODO JEITO! Me falem se preferem os capítulos assim um pouco mais curto, ou mais longo. Tell me. Espero que tenham gostado!
