| • CAPÍTULO 35

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Ela era como uma tempestade silenciosa

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Ela era como uma tempestade silenciosa. Ayla, com seus olhares amedrontados e passos apressados, pensava que podia escapar. Mas cada vez que ela desviava, cada vez que evitou o mínimo contato comigo, era como um ímã puxando tudo em mim na direção dela. Eu não precisava de muito, só de estar perto, de sentir sua presença. Ela não fazia ideia do quanto me consumia, até pensei que seria melhor esse seu tratamento comigo, mas não. Era uma obsessão estranha, quase poética. Eu queria mais do que apenas ver ou ouvir sua voz...eu queria tê-la assim, possuir cada fragmento do corpo dela. O simples ato dela me evitar só tornava tudo mais irresistível. Ela não entendia, mas esse jogo era nosso.

E ela estava ali, tão concentrada e nem fazia ideia que alguém estava ali observando tudo. Ayla, toda certinha, arrumando os livros da biblioteca como se fosse a coisa mais importante do mundo. Eu, atrás da prateleira, só acompanhava cada movimento dela, sem pressa. Os fios do cabelo caindo pelo rosto, sua mini dancinha com a música enquanto arrumava os livros, o jeito como mordia o lábio de leve quando estava distraída… porra, ela nem sabia o efeito que tinha.

Eu tinha vindo pra fazer uma visita surpresa, algo diferente, mas depois de vê-la assim, tão imersa na sua própria bolha, a ideia de brincar um pouco começou a ficar irresistível. Não era só sobre provocar. Era algo mais. Sempre foi, desde aquele maldito dia no shopping e pra piorar no dia da festa. O jeito que ela se mexia, a calma dela, mesmo quando ficava nervosa. Eu queria desarmar isso, queria ver cada parte dela se desconstruir nas minhas mãos.

A primeira ideia foi fácil: mudar a música no celular dela. Uma pequena provocação pra ver o que acontecia. A reação foi tão rápida quanto eu esperava. Ela parou, aquele sustinho básico, olhou pro celular meio desconfiada, mas logo se recuperou. Eu me escondi atrás da prateleira da frente, só observando. A proximidade dela comigo me fez sentir uma adrenalina do caramba. Ela tava tão perto e nem desconfiava de nada.

Ayla tem essa coisa… algo delicado e ao mesmo tempo poderoso. Ela é o tipo de garota que parece que não quer chamar atenção, mas quando você olha, não consegue mais parar. E eu… eu estava completamente ferrado. Não conseguia desviar o olhar, minha mente só corria pelos pensamentos de como ela seria, se algum dia cedesse àquele tesão entre a gente.

Vi quando ela respirou fundo e mudou a música de novo, acreditando ser um problema em seu celular. Mas eu ainda estava no jogo, e dessa vez, aumentei a aposta. Abaixei, desliguei a música de vez e guardei seu celular em meu bolso. Ela congelou. O susto dela me fez sorrir na hora. Que fofura.

Ayla começou a andar até o celular, mas dava pra ver o nervosismo e a confusão crescendo ao ver que o objeto não estava mais ali. Eu me escondia, me divertindo, planejando os próximos passos dessa brincadeira. Já tava decidido que não ia deixar aquilo terminar tão cedo.

O medo dela me fascinava de um jeito que eu não conseguia explicar. Ver Ayla perder o controle, ficar vulnerável, me deixava completamente aceso. Cada respiração mais rápida, cada movimento hesitante... Era como se eu estivesse diante de uma obra de arte caindo aos pedaços, e eu amava cada segundo. O jeito que ela tentava se manter firme, mas dava pra sentir que estava apavorada, só me deixava mais perto do limite. Era estranho, mas ao mesmo tempo inevitável...o medo dela, a fragilidade, me excitava.

𝑨𝑳𝑴𝑨𝑺 𝑷𝑼𝑹𝑰𝑭𝑰𝑪𝑨𝑫𝑨𝑺Onde histórias criam vida. Descubra agora