| • CAPÍTULO 17

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Eu a carregava sobre o ombro, o peso dela não era nada comparado ao fogo que queimava dentro de mim

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Eu a carregava sobre o ombro, o peso dela não era nada comparado ao fogo que queimava dentro de mim. A cada passo, Ayla se debatia, berrando como se fosse me quebrar com as palavras, mas aquilo só alimentava minha raiva. Eu ainda não podia acreditar no que tinha visto. Killian. Killian com ela. O desgraçado que já tentou me matar mais de uma vez, QUE MATOU A LIZZIE, e agora estava lá, com Ayla, oferecendo bebida como se fosse algo normal.

Ayla: Me solta, Matteo! -ela gritou novamente, a voz rouca e cheia de ódio.- Caramba, você não é meu pai, você não manda em mim!

- Cala essa boca, Ayla. -minhas palavras saíram entre dentes, a fúria subindo como ácido na garganta.- Você não tem a menor ideia da merda que tava se metendo.

Ela deu uma risada amarga, bêbada, sem filtro nenhum.

Ayla: Eu sei muito bem no que tava me metendo. Você acha que porque somos meio-irmãos agora pode controlar tudo na minha vida? -ela chutou o ar, se debatendo, mas eu a segurei com mais força.- Você mal me conhece!

Aquela frase me acertou em cheio. Eu mal a conhecia? Talvez fosse verdade, mas isso não mudava o fato de que eu sabia quem Killian era. E eu sabia muito bem o que aquele cara podia fazer.

Chegamos em casa, já que não era tão distante dali e havia perigo da Ayla se jogar da moto. Então, eu a soltei com força no chão assim que passei pela porta, meu corpo tremendo de tanta raiva acumulada. Ela tropeçou para trás, mas se firmou, me lançando um olhar puro ódio.

Ayla: Você é um babaca, sabia? Poxa, minha primeira festa e você fez isso. -ela cuspiu as palavras como veneno- Você só está fazendo isso porque se acha o dono de tudo, o fodão da casa. Mas sabe de uma coisa? Você não é nada pra mim. Só um meio-irmão de merda que apareceu de repente e acha que tem algum poder sobre mim!

Eu avancei um passo, minha voz saindo carregada de veneno.

- Eu posso até não ser nada pra você, Ayla, mas não vou deixar você ser usada por aquele lixo do Killian. -a raiva estava nas minhas veias, queimando.- Esse cara já matou muitas pessoas, e você tá lá, bebendo com ele como se fosse um santo! Você é cega ou só uma puta desesperada?

Ela cambaleou, me encarando com os olhos inchados de tanto gritar.

Ayla: Pense bem antes de me chamar de puta, Matteo. -ela diz com a voz mais firme e séria- Pelo menos ele me respeita mais do que você jamais fez!

Aquela frase me acertou como um soco no estômago, mas eu não podia recuar. Não agora.

- Respeita? O Killian só respeita o que ele pode quebrar ou usar, e se você não consegue ver isso, então você é mais burra do que eu pensava.

Ela deu um passo à frente, os olhos brilhando de fúria e algo mais, algo que eu não conseguia identificar.

Ayla: Você acha que pode aparecer do nada, sendo meu 'irmãozinho protetor'? Eu não preciso de você, Matteo. Nunca precisei em toda minha vida. E, na real, eu nem te conheço. Você é só um estranho, um idiota que eu tive o desprazer de esbarrar no shopping.

𝑨𝑳𝑴𝑨𝑺 𝑷𝑼𝑹𝑰𝑭𝑰𝑪𝑨𝑫𝑨𝑺Onde histórias criam vida. Descubra agora