Capítulo quinze

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JIMIN PARK
o esqueçam de curtir e comentar para ajudar a enganar a fanfic 🤍

Boa leitura

Acordei com a cabeça latejando e uma sensação pesada no peito. Minha visão estava turva, como se estivesse olhando o mundo através de um véu denso. Pisquei várias vezes, tentando clarear meus olhos, mas tudo que conseguia ver eram sombras indistintas ao meu redor. O som distante de máquinas monitorando meus sinais vitais era a única coisa que me mantinha ancorado à realidade.

Lentamente, tentei me mexer, mas uma dor aguda irradiou pelo meu ombro, me lembrando instantaneamente do que havia acontecido. Fui atingido. Uma bala. Lembranças confusas voltaram como flashes — o passeio no shopping, a sensação de estar sendo seguido, e depois... a dor.

Meu corpo inteiro estava pesado, como se estivesse preso a uma cama de concreto. Pisquei novamente, forçando meus olhos a se focarem, e foi então que ouvi o som suave de passos e a porta se abrindo. Alguém estava entrando no quarto.

Com muito esforço, virei a cabeça para o lado, e vi um homem de jaleco branco se aproximando. Era um enfermeiro. Seus passos eram silenciosos, até demais, e o olhar que ele me lançou não tinha a calma típica de um profissional da saúde que está acostumado com essa rotina.

— Está na hora da sua medicação — ele disse, a voz baixa.

Tentei responder, mas minha garganta estava seca. Não consegui emitir um som. Ele se aproximou da cama, segurando uma seringa. Mesmo com minha visão embaçada, pude ver o líquido dentro dela. Ele pegou o celular no bolso do jaleco.

— Serviço feito — desligou a chamada.

Algo estava terrivelmente errado.

— Vai te ajudar a dormir — ele continuou, sorrindo de um jeito que fez meu estômago revirar. — Para sempre.

O terror tomou conta de mim. Minha mente gritava para que eu fizesse alguma coisa, para que eu me defendesse, mas meu corpo não respondia. Tentei mover os lábios, gritar por ajuda, mas nenhum som saiu. O pânico apertou meu peito, tornando cada respiração um esforço doloroso.

O homem se aproximou mais, trazendo a seringa para perto do meu braço. Desespero me tomou por completo, e eu sabia que se ele injetasse aquilo em mim, seria o fim. Minhas mãos tremiam levemente, mas não o suficiente para me libertar dessa prisão em que meu próprio corpo havia se transformado.

Eu não podia deixar isso acontecer. Não assim.

O falso enfermeiro se foi, e com ele, o terror imediato que me cercava. Mas o pânico ainda pulsava dentro de mim. Me forcei a mover meu corpo, apesar da dor e da fraqueza.

Minha cabeça rodava, e minha visão estava ainda mais embaçada. Lutei para levantar, sentindo o mundo balançar à minha volta. Usei o pouco de força que me restava para puxar meu corpo para a beira da cama. Cada movimento parecia um esforço monumental, como se eu estivesse carregando um peso imenso nos ombros.

Com um impulso mal calculado, caí da cama. A dor explodiu no meu ombro, me arrancando um gemido silencioso. A garganta parecia fechar, sufocando meu ar. Me arrastei pelo chão, sentindo o chão frio e áspero contra minha pele. Sabia que precisava sair daquele quarto, encontrar ajuda.

Meus dedos se fecharam em torno da maçaneta da porta. O esforço de girá-la foi quase insuportável, mas consegui. A porta se abriu com um rangido suave, e a luz do corredor parecia ainda mais forte, cegando meus olhos cansados.

Eu estava tão perto de desmaiar, cada respiração era um esforço hercúleo, mas continuei me forçando a sair. Minhas pernas estavam bambas, incapazes de me sustentar, então precisei me arrastar pelo corredor. Minha visão era uma mistura turva de luzes e sombras, mas então... vi uma figura conhecida no final do corredor.

Entre o amor e a vingança • JM + JKOnde histórias criam vida. Descubra agora