Entre o amor e a vingança • JM + JK

Capítulo vinte

JUNGKOOK JEON DE LUCA
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Boa leitura

A vida tem uma maneira engraçada de virar tudo de cabeça para baixo quando você menos espera. Com Jimin, foi exatamente assim. Nunca pensei que alguém pudesse entrar na minha vida de uma forma tão abrupta e mudar tudo. E agora, aqui estávamos, vivendo algo que eu nunca imaginei ser possível para mim.

Cada momento com ele parecia um pedaço de algo maior, algo que eu sabia que seria difícil de explicar para qualquer um que não estivesse vendo com seus próprios olhos. Não era apenas sobre a atração física – claro, isso era inegável – mas era mais sobre o jeito que ele me fazia sentir... completo. Como se, por anos, algo estivesse faltando, e agora, com Jimin, tudo fazia sentido.

As manhãs eram o que mais me surpreendiam. Eu nunca fui o tipo de homem que se importava em acordar com alguém ao lado. Na verdade, sempre preferi estar sozinho na cama, livre de qualquer distração. Mas com Jimin era diferente. Acordar ao lado dele se tornou a parte favorita do meu dia.

Em muitas manhãs, eu acordava primeiro, e por um momento, ficava apenas observando-o dormir. O jeito como sua respiração era suave, seu corpo relaxado, e como ele se aconchegava mais perto de mim sem perceber. Havia uma paz nele, uma suavidade que me fazia querer proteger esse momento para sempre. E às vezes, eu não resistia. Me inclinava e deixava um beijo leve em sua testa, sentindo-o se mover suavemente, ainda adormecido, mas consciente da minha presença.

Nosso café da manhã juntos era uma rotina simples, mas com Jimin, até o mais trivial parecia especial. Lembro-me de uma manhã em que ele decidiu fazer panquecas para nós dois. Eu estava sentado à mesa, observando-o se mover pela cozinha, com seu cabelo bagunçado e vestindo uma das minhas camisetas que ficava enorme nele. Ele estava tão concentrado em tentar fazer as panquecas perfeitas, e quando o cheiro doce começou a encher o ar, meu estômago roncou, arrancando dele uma risada.

— Seus instintos estão certos, De Luca. Essas panquecas vão estar incríveis — ele brincou, me lançando um olhar por cima do ombro.

— Estou contando com isso — eu respondi com um sorriso.

Quando ele finalmente trouxe o prato de panquecas para a mesa, foi o tipo de coisa que qualquer outra pessoa acharia comum. Mas eu sabia que era mais do que isso. Ele estava me dando um pedaço de si mesmo, me permitindo ver o lado dele que talvez poucos tivessem visto. Depois de dar a primeira mordida, olhei para ele e brinquei:

— Ok, você realmente deveria abrir uma cafeteria. Isso aqui é ridiculamente bom.

Ele riu e balançou a cabeça, tentando esconder o quanto o elogio significava para ele.

— Só porque você está apaixonado por mim.

Eu me aproximei, puxando-o pela cintura até ele se sentar no meu colo.

— Isso é verdade — sussurrei, beijando-o lentamente, sentindo seu sorriso contra os meus lábios.

Esses momentos simples – as risadas, as conversas banais, o toque casual de nossas mãos entrelaçadas – eram os que eu mais valorizava. Não precisávamos de grandes gestos ou eventos elaborados. A verdade era que eu podia estar em qualquer lugar, fazendo qualquer coisa, e contanto que Jimin estivesse comigo, tudo parecia... certo.

Às vezes, à noite, depois de um longo dia, simplesmente nos deitávamos no sofá da sala. Ele sempre gostava de se enroscar em mim, sua cabeça descansando no meu peito enquanto assistíamos algum filme ou série qualquer. Nessas horas, eu sempre sentia o quanto meu corpo relaxava só de ter ele perto. A calmaria que ele trazia era algo que eu nunca tinha experimentado. Em vez de sentir que precisava estar sempre alerta, com Jimin, eu podia finalmente baixar a guarda.