Samhain

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A origem dos rituais de Samhain, Halloween, Todos os Santos, Finados e Los Muertos tem raízes profundas, remontando à época pré-cristã, especialmente entre os celtas na Europa. O Samhain, celebrado no final do outono no hemisfério norte, marcava o início do ano novo celta. Acreditava-se que durante essa época, os mortos retornavam para suas casas em busca de conforto, calor e a companhia de seus entes queridos. Nessa ocasião, a fronteira entre o mundo dos vivos e o dos mortos se tornava tênue, permitindo um reencontro simbólico.

Os druidas, sacerdotes celtas, viam o lugar dos mortos como um paraíso, uma visão que pode ter influenciado o conceito cristão de céu e inferno. Por volta de 600 a.C., os escoceses adotaram essa data, criando o que hoje conhecemos como Halloween, uma celebração marcada por rituais e crenças envolvendo a noite dos mortos, sacerdotes e bruxas. Paralelamente, os romanos também realizaram festividades para seus deuses durante esse período.

Com o tempo, essas tradições foram adaptadas pelo cristianismo, dando origem às comemorações de Todos os Santos, Finados e Dia de los Muertos, que compartilham origens com as celebrações pagãs. Nos Estados Unidos, essas festividades foram reinventadas, resultando nos disfarces de monstros e fantasmas, comuns no Halloween moderno. A famosa abóbora, por exemplo, era uma lanterna esculpida para afastar o mal, tradição que remonta à época da Peste Negra na Europa.

Astrologicamente, essa época, regida por Plutão, simboliza morte e renascimento, um período poderoso de transformação. Psicologicamente, essas festividades nos convidam a confrontar nossos próprios mortos, sejam eles entes queridos que se foram ou questões mal resolvidas do passado. Esses rituais, sejam Samhain, Halloween, Finados ou Dia de los Muertos, representam uma oportunidade de cura, integração entre luz e sombra, e de libertação de antigos fantasmas.

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