A Besta

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Aleister Crowley é amplamente reconhecido como uma das figuras mais controversas e enigmáticas do século passado. Estudioso brilhante, utilizou seu vasto conhecimento para se aprofundar no ocultismo e na magia, tornando-se um dos mais influentes praticantes dessas artes. Seu envolvimento com rituais e cerimônias profanas escandalizou até os mais céticos, levando muitos a vê-lo como a própria encarnação do mal. Suas práticas despertaram fascínio, indignação e repulsa, tornando-o uma figura polarizadora e temida. Sua influência cresceu após sua morte. Em vida, foi amplamente odiado, mas seu impacto no desenvolvimento do ocultismo moderno foi inegável. Seu vasto conhecimento de magia e bruxaria foi transmitido através de inúmeros livros, que continuam sendo buscados e reimpressos na sociedade liberal de hoje. Muitos são fascinados por seu intelecto peculiar. No entanto, sua irreverência marcante também deixou um rastro de destruição em suas relações pessoais, envolvendo alcoolismo, vício em drogas e insanidade entre aqueles que cruzaram seu caminho. Apelidado de o homem mais perverso do mundo, talvez hoje Crowley fosse visto mais como um excêntrico, e seu comportamento incomodaria muito menos as pessoas — algo que, ironicamente, provavelmente o desagradaria. Após sua morte, descobriu-se que Crowley foi recrutado pela inteligência britânica durante a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de explorar as conexões de altos oficiais nazistas com astrologia e ocultismo. Ian Fleming, famoso criador de James Bond e agente britânico na época, revelou que Crowley foi convocado para investigar Rudolf Hess e até sugeriu o símbolo de V da vitória a Churchill, como uma resposta simbólica à suástica nazista. Crowley também foi um agente britânico durante a Primeira Guerra Mundial, operando nos Estados Unidos como parte de uma campanha de desinformação.

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