Eu acordei antes dele e pensei que seria melhor se ele não acordasse e surtasse por eu estar na cama dele. Saí de baixo das cobertas, vesti uma camisa e fui fazer um café da manhã para nós. Levei a bandeja de café descafeinado e torradas para o quarto e ele acordou.
— Bom dia. — eu disse, incapaz de não sorrir.— Mmm — disse ele, tentando acordar.
— Café da manhã na cama hoje. — eu disse.
Ele se sentou, encostado na cabeceira da cama, com os olhos turvos.
— Oh, bom dia.
— Como você está se sentindo?
— Bem. — ele olhou para o meu lado desarrumado da cama. — Ah. Me desculpe pela noite passada.
Deslizei a bandeja para a cama.
— Não se desculpe. Foi bom. Na verdade, eu, hm, dormi como um morto.
Ele murmurou.
— Eu também. Dormi a noite toda. Tirando o pesadelo... mas quando você estava aqui, foi... bom. Melhor sono que já tive.
Eu entreguei a ele o café.
— Você se lembra do pesadelo?
Ele balançou a cabeça.
— Não. É só escuridão e queda. É horrível. — ele tomou um gole do café e suspirou. — Mas eu tive o outro sonho de novo, eu acho. Depois. Não sei. Não faz muito sentido na minha cabeça. É difícil dizer se é um sonho ou realidade. Se estou me lembrando de algo ou se é apenas um sonho.
O outro sonho?
— O que era?
Ele fez uma careta.
— O sonho do pôster.
— Ah, certo. O pôster da Harley Davidson.
— Não sei. É como um cartaz ou um pôster, eu acho. Se é apenas um sonho ou se eu o vi uma vez, não sei.
Eu ri e mordi um pedaço de torrada.
— Sonha com motos com frequência?
Ele riu baixinho, largou a xícara e pegou uma fatia de torrada.
— Na verdade não. Este pôster da Harley é uma repetição.
— Você sonha com isso muitas vezes?
Ele assentiu enquanto mastigava e engolia.
— Achei que poderia haver algo parecido aqui. É como se devesse estar em casa. Tem algum cartaz na oficina?
— Não. Tem um pôster da KTM, que você colocou lá. E um da Yamaha que o representante nos deu para combinar com o seu da KTM, como uma piada. E apenas alguns calendários de motos e pôsteres promocionais de pneus e outras coisas. Mas nada de Harleys. Mas fomos a algumas feiras comerciais. Talvez você tenha visto algo lá. A médica disse que o que volta para você pode ser aleatório.
Ele deu de ombros.
— Algo não aleatório seria bom. — ele engoliu o resto da torrada com um gole de café. — Deus, eu queria poder cortar esse gesso. Coça pra caralho. Estou de saco cheio. Temos alguma serra lá embaixo? Uma rebarbadora?
— Você não vai usar uma rebarbadora no seu braço.
— Uma serra?
— Eu vou dizer um não firme para isso também. Vou te levar para o hospital e você pode implorar para eles tirarem o gesso antes de tentar usar ferramentas elétricas.
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Pieces of Us | Satosugu
FanfictionGeto Suguru tem tudo o que nunca esperava ter, ele é dono de uma oficina mecânica de motos de sucesso e está apaixonado por Gojo Satoru, que é seu namorado há quatro anos. Satoru sempre lutou para descobrir onde se encaixava, nunca percebendo seu ve...