14 ‧ Suguru

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só vitórias nesse, irmões 🙏🏻🙏🏻

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Eu acordei quando Satoru rolou. Ele dormiu profundamente. Claramente, tirar o gesso era mais confortável para ele. Ele parecia em paz.

Saí da cama antes dele porque estava usando apenas uma cueca boxer e não queria que a minha ereção matinal deixasse as coisas entre nós estranhas. Um banho e uma punheta rápida resolveram o problema da ereção. Eu me vesti e comecei a fazer o café da manhã.

Satoru saiu em sua scooter, carrancudo, ainda meio adormecido. Seu rosto rabugento ao acordar sempre me fazia sorrir.

— Café? — perguntei.

— Hm.

— Torrada?

— Hm.

Eu ri enquanto lhe entregava um pedaço de torrada.

— Manteiga e Vegemite. — eu disse enquanto ia até a geladeira pegar o leite.

Ele até mesmo mastigava de forma mal-humorada.

— Você está feliz esta manhã?

— Sim. — eu sorri para ele e coloquei seu café no balcão da cozinha. Essa era nossa rotina matinal agora. A mesma que no dia anterior e no dia antes dele. Não era monótono para mim. Estabelecia familiaridade para Satoru, alguém com uma lesão cerebral, algo em que ele podia confiar. — Dormiu bem?

Ele franziu a testa.

— Só consigo dormir se você estiver comigo, aparentemente.

— Eu não me importo. Também durmo melhor quando durmo com você.

Ele tomou um gole de seu descafeinado e sua carranca diminuiu um pouco.

— Preciso de um banho.

— Ok — eu disse tranquilamente. — Quais são seus planos para o dia?

Sua carranca voltou.

— Sofá. TV. Quebra-cabeça. Coisas chatas. Soneca, seguida por mais coisas chatas.

— Como você se sente hoje? Bem?

— Melhor. Não tão cansado quanto pensei que estaria.

— Sua enfermeira domiciliar estará aqui às nove.

Ele suspirou e bebeu mais café, e eu comecei a me perguntar se havia mais em seu comportamento do que apenas seu habitual ódio pelas manhãs. Ele parecia mais triste do que irritado.

Eu esperei ele sair do chuveiro, arrumando e limpando tudo. Arrumei meu notebook e todos os meus papéis da noite passada e estava calçando minhas botas quando ele saiu. Ele veio caminhando, mancando com a perna machucada e empurrando a scooter até o sofá. Ele estava usando um par de shorts e uma das minhas camisetas velhas que ficavam muito bem nele. Ele deu um meio sorriso, mas não parecia um sorriso muito feliz.

— Como está seu braço sem gesso? — perguntei. — É bom finalmente poder molhá-lo e lavá-lo?

— Sim. — ele disse. Ele abriu e fechou o punho e mexeu os dedos. Ele endireitou um pouco o cotovelo e virou a palma da mão para cima, mas não totalmente. — Não gosta de se mexer muito, mas está melhor.

Quando ele estava no sofá, coloquei uma garrafa de água ao lado dele e dei um beijo no topo de seus cabelos recém-lavados.

— Eu estarei lá embaixo. Ligue ou envie uma mensagem se precisar de mim.

— Hmm — foi sua única resposta.

Sim, ele estava definitivamente triste e irritadiço hoje. Deixei-o sozinho e desci as escadas, abrindo a oficina, tentando começar antes que os meninos chegassem. Antes que eu percebesse, eles entraram e o trabalho começou. E eu juro, poucos minutos depois, a enfermeira de Satoru, Megan, chegou.

Pieces of Us | SatosuguOnde histórias criam vida. Descubra agora