só vitórias nesse, irmões 🙏🏻🙏🏻
🧩
Eu acordei quando Satoru rolou. Ele dormiu profundamente. Claramente, tirar o gesso era mais confortável para ele. Ele parecia em paz.
Saí da cama antes dele porque estava usando apenas uma cueca boxer e não queria que a minha ereção matinal deixasse as coisas entre nós estranhas. Um banho e uma punheta rápida resolveram o problema da ereção. Eu me vesti e comecei a fazer o café da manhã.
Satoru saiu em sua scooter, carrancudo, ainda meio adormecido. Seu rosto rabugento ao acordar sempre me fazia sorrir.
— Café? — perguntei.
— Hm.
— Torrada?
— Hm.
Eu ri enquanto lhe entregava um pedaço de torrada.
— Manteiga e Vegemite. — eu disse enquanto ia até a geladeira pegar o leite.
Ele até mesmo mastigava de forma mal-humorada.
— Você está feliz esta manhã?
— Sim. — eu sorri para ele e coloquei seu café no balcão da cozinha. Essa era nossa rotina matinal agora. A mesma que no dia anterior e no dia antes dele. Não era monótono para mim. Estabelecia familiaridade para Satoru, alguém com uma lesão cerebral, algo em que ele podia confiar. — Dormiu bem?
Ele franziu a testa.
— Só consigo dormir se você estiver comigo, aparentemente.
— Eu não me importo. Também durmo melhor quando durmo com você.
Ele tomou um gole de seu descafeinado e sua carranca diminuiu um pouco.
— Preciso de um banho.
— Ok — eu disse tranquilamente. — Quais são seus planos para o dia?
Sua carranca voltou.
— Sofá. TV. Quebra-cabeça. Coisas chatas. Soneca, seguida por mais coisas chatas.
— Como você se sente hoje? Bem?
— Melhor. Não tão cansado quanto pensei que estaria.
— Sua enfermeira domiciliar estará aqui às nove.
Ele suspirou e bebeu mais café, e eu comecei a me perguntar se havia mais em seu comportamento do que apenas seu habitual ódio pelas manhãs. Ele parecia mais triste do que irritado.
Eu esperei ele sair do chuveiro, arrumando e limpando tudo. Arrumei meu notebook e todos os meus papéis da noite passada e estava calçando minhas botas quando ele saiu. Ele veio caminhando, mancando com a perna machucada e empurrando a scooter até o sofá. Ele estava usando um par de shorts e uma das minhas camisetas velhas que ficavam muito bem nele. Ele deu um meio sorriso, mas não parecia um sorriso muito feliz.
— Como está seu braço sem gesso? — perguntei. — É bom finalmente poder molhá-lo e lavá-lo?
— Sim. — ele disse. Ele abriu e fechou o punho e mexeu os dedos. Ele endireitou um pouco o cotovelo e virou a palma da mão para cima, mas não totalmente. — Não gosta de se mexer muito, mas está melhor.
Quando ele estava no sofá, coloquei uma garrafa de água ao lado dele e dei um beijo no topo de seus cabelos recém-lavados.
— Eu estarei lá embaixo. Ligue ou envie uma mensagem se precisar de mim.
— Hmm — foi sua única resposta.
Sim, ele estava definitivamente triste e irritadiço hoje. Deixei-o sozinho e desci as escadas, abrindo a oficina, tentando começar antes que os meninos chegassem. Antes que eu percebesse, eles entraram e o trabalho começou. E eu juro, poucos minutos depois, a enfermeira de Satoru, Megan, chegou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Pieces of Us | Satosugu
FanfictionGeto Suguru tem tudo o que nunca esperava ter, ele é dono de uma oficina mecânica de motos de sucesso e está apaixonado por Gojo Satoru, que é seu namorado há quatro anos. Satoru sempre lutou para descobrir onde se encaixava, nunca percebendo seu ve...