08 ‧ Suguru

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a partir de agora em pieces estaremos adotando a skin “satoru gatinho manhoso” 
((o suguru não poderia ter escolhido um apelido mais certeiro pra ele

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A chaleira estava fervendo e eu estava passando manteiga na torrada quando Satoru saiu do banheiro. Ele estava apertando o olho direito do jeito que fazia quando sua dor de cabeça estava particularmente forte. Sem dizer uma palavra, peguei sua caixa de comprimidos, coloquei na mesa e servi um copo de água da torneira.

— Aqui, tome isso — eu disse enquanto ele se aproximava.

Ele engoliu os comprimidos sem dizer uma palavra, foi como eu soube que sua dor estava mesmo muito forte. Coloquei um prato de torrada na frente dele e ele me deu um aceno de cabeça.

Apertei seu ombro gentilmente.

— Vai fazer você se sentir melhor. — seu ombro estava rígido sob meus dedos. — Você está todo tenso. Quer que eu massageie? — eu perguntei enquanto massageava levemente seu ombro e pescoço.

Ele abaixou a cabeça e gemeu, seus olhos fechados.

— Ugh, isso é bom.

— Não dormiu muito bem? — eu perguntei.

Ele balançou a cabeça.

— Não.

— Algo errado? — perguntei, movendo meus dedos para seu ombro direito. Tomei mais cuidado deste lado, mas os músculos dos ombros e pescoço dele estavam dolorosamente tensos. — Você estava desconfortável? Com dor? Parece que você ficou tenso a noite toda.

— Sem dor. — ele respondeu lentamente. Sua cabeça ainda estava abaixada enquanto ele desfrutava da massagem, mas ele obviamente não iria elaborar.

— Bem, se for algo que eu possa consertar, tipo se você precisar de um aquecedor ou ventilador, é só me avisar. Ou posso manter o Squish fora do quarto; Eu estava preocupado que ele escolheria sua perna dolorida para usar como alfineteiro.

— Não, ele pode ficar. — Satoru disse calmamente. Soltei seu ombro e ele murmurou. — Já me sinto melhor, obrigado.

— Por nada — eu disse o mais indiferente que pude. — Quer um café? A chaleira acabou de ferver.

Eu comprei um descafeinado para casa porque era o que bebíamos agora, e nem era tão ruim assim. Era só mais uma pequena mudança que tivemos que fazer.

— Mmm, por favor. — ele mordeu sua torrada e eu fiz dois cafés descafeinados. Ele comeu em silêncio e eu fiz mais torradas antes de me sentar à mesa ao lado dele.

— Eu tive pesadelos de novo — disse Satoru. — Achei que eles poderiam ter parado... — ele terminou balançando a cabeça.

— Talvez pudéssemos pedir a médica algo para ajudá-lo a dormir — sugeri. — Você não pode acordar com seu ombro tão ruim. Não vai favorecer em nada seu braço.

Sem mencionar o quanto a falta de sono é ruim para alguém com lesão cerebral.

Ele tomou um gole de café.

— Hmm. Talvez. Acho que ontem exigiu mais de mim do que eu imaginava.

— Pode demorar alguns dias para superar isso. — eu disse. — Sabe, ser atropelado por um caminhão faz isso.

Ele conseguiu sorrir um pouco, e seu olho direito não estava apertando tanto agora. Presumi que os remédios matinais tivessem feito efeito. Mas ele precisava de um dia no sofá, ou até na cama.

Pieces of Us | SatosuguOnde histórias criam vida. Descubra agora